Despedida

Saudações!
Há algum tempo não posto aqui (se bem que nunca fui um usuário muito "Postador" neste fórum), então resolvi abrir um tópico de esclarecimento. É também um protesto e um desabafo, mas acima de tudo, um alerta.
Alguns me conhecem de outros fóruns, de outros tempos. Sempre gostei de Fiat, desde criança. Tive Uno por 8 anos, dois 1.6R (um injetado e um carburado), e adorava os carrinhos. Porém, comecei a viajar muito, e o Uno não oferece a segurança necessária para enfrentar as estradas de hoje em dia, com caminhões andando a 100, 120 km/h.
Foi aí que com muita dor no coração, decidi vender o Uno e comprei um Punto, um Essence 1.6, 2010/2011. Estava empolgadíssimo, o carro era lindo e já tinha ouvido falar muito bem do Punto europeu...

No começo foi ótimo... Mas todo relacionamento no início é perfeito. Depois, com a convivência, vem os problemas... E percebi que o Punto entregava bem menos desempenho que o Uno (pasme), e bebia quase a mesma coisa pra isso (o que não é bom, considerando que o 1.6R, principalmente o injetado, não era um carro econômico). Muito bom de estrada, graças à estrutura firme e o bom acerto da suspensão. Preço das peças e das revisões não era absurdo, mas não era excelente também. Estava um pouco desanimado, mas dava pra levar... Pelo menos achei que dava.
Mas aí eu cansei. Descaso no atendimento nas concessionárias (nunca entendi porque a Fiat precisa de 2-3 horas pra trocar o óleo!!! Agora começaram com a "revisão rápida" que leva 50 minutos... desde quando isso é rápido?!), a performance "morna" do carro... Os Fiat que eu conheci não eram assim. Aí pensei em trocar, depois de apenas um ano com o carro... Andei no 1.8, não vi muita diferença... E aí me vi sem saída dentro da marca que tanto gostava. Motores ultrapassados, acabamento mais ou menos e performance morna... Nem no consumo os Fiat brilham mais... Não foram essas características que levaram a marca à liderança do mercado, pelo contrário: Foi investindo em novidades, em segurança, em tecnologia, que a Fiat tomou o posto da Volkswagen, deitado em berço esplêndido por anos. O Palio, que no início tinha na segurança um de seus grandes motes de venda, hoje vai mal... E a Fiat sofre investigação porque um Punto sofreu um acidente e jovens morreram porque o fecho do cinto rompeu... É o caso Chico Science de novo... Se a Fiat não retomar o espírito de alguns anos atrás, vai perder a liderança... A VW cansou do segundo lugar e resolveu se mexer, vem pra 2014 forte, cadê a resposta da Fiat?! Cadê as novidades? Cadê os Fiat de antes, com motores nervosos (mesmo os 1.0!), econômicos, e acima de tudo, carros com personalidade. Hoje a linha da Fiat é o quê?! O Mille, o Novo Uno (que por baixo é um Palio), o Palio (Puntinho), o Punto (que sofre com a falta de um motor decente para empurrá-lo), o Bravo (Puntão)... E o Linea, que é um carro pequeno com porta-malas tentando peitar os médios de verdade.
Resumindo: Me vi sem saída. Pensei seriamente em voltar para os Unos, mas aí retornaria ao meu problema inicial da falta de segurança.Pensei no T-Jet, mas acho o carro muito caro pelo que oferece, não gosto do interior também... Pensei em pegar um 500, mas o 1.4 Fire também é chocho, e o Multi-Air era muito caro pelo que entrega. Fora ser pequeno demais pra ser meu único carro. Não tinha jeito: Pela primeira vez teria que sair da linha Fiat.
Depois de um período de devaneio pensando em carros apaixonantes mas que poderiam me render (grandes) dores de cabeça (tipo Volvo C30
), a decisão foi racional: Parti pra linha Honda. Sempre admirei os carros da marca, e sua fama de durabilidade, mas nunca houve necessidade nem oportunidade. Fui confirmar alguns dados com alguns amigos que possuem Civics de variados anos, e a opinião era sempre a mesma: Compre e não vai se arrepender. E graças a Deus deu tudo certo, e desde Outubro do ano passado, estou de Civic LXS. O atendimento na rede Honda é muito diferente do que na rede Fiat. O cliente se sente valorizado, o atendimento é rigorosamente pontual e o serviço é rápido (troca de óleo: 17 minutos... DEZESSETE!). Os preços são bons e não tem a "empurroterapia" que já testemunhei inúmeras vezes na Fiat. Não vou comentar a questão do conforto, pois isso é evidente considerando que é um carro médio. O Civic não é nenhum avião em termos de desempenho, mas pelo menos não é frustrante. Só que o consumo é surpreendente: Em qualquer situação, gasto menos com ele do que com o Punto: 7,4 km/l na cidade e 12 na estrada (álcool), e 11 km/l (cidade) e 15-16 km/l na estrada, com gasolina.
Continuo gostando dos Fiat, mas dos antigos... Os novos estão muito longe do antigo slogan "movidos pela paixão". É isso que queria deixar como alerta para a marca.
Vou dar uma olhada nesse tópico nos próximos dias, mas em todo caso se alguém precisar de alguma coisa, pode me mandar email no [email protected]. Continuo indo nos encontros da Scuderia Uno, entretanto
Há algum tempo não posto aqui (se bem que nunca fui um usuário muito "Postador" neste fórum), então resolvi abrir um tópico de esclarecimento. É também um protesto e um desabafo, mas acima de tudo, um alerta.
Alguns me conhecem de outros fóruns, de outros tempos. Sempre gostei de Fiat, desde criança. Tive Uno por 8 anos, dois 1.6R (um injetado e um carburado), e adorava os carrinhos. Porém, comecei a viajar muito, e o Uno não oferece a segurança necessária para enfrentar as estradas de hoje em dia, com caminhões andando a 100, 120 km/h.
Foi aí que com muita dor no coração, decidi vender o Uno e comprei um Punto, um Essence 1.6, 2010/2011. Estava empolgadíssimo, o carro era lindo e já tinha ouvido falar muito bem do Punto europeu...

No começo foi ótimo... Mas todo relacionamento no início é perfeito. Depois, com a convivência, vem os problemas... E percebi que o Punto entregava bem menos desempenho que o Uno (pasme), e bebia quase a mesma coisa pra isso (o que não é bom, considerando que o 1.6R, principalmente o injetado, não era um carro econômico). Muito bom de estrada, graças à estrutura firme e o bom acerto da suspensão. Preço das peças e das revisões não era absurdo, mas não era excelente também. Estava um pouco desanimado, mas dava pra levar... Pelo menos achei que dava.
Mas aí eu cansei. Descaso no atendimento nas concessionárias (nunca entendi porque a Fiat precisa de 2-3 horas pra trocar o óleo!!! Agora começaram com a "revisão rápida" que leva 50 minutos... desde quando isso é rápido?!), a performance "morna" do carro... Os Fiat que eu conheci não eram assim. Aí pensei em trocar, depois de apenas um ano com o carro... Andei no 1.8, não vi muita diferença... E aí me vi sem saída dentro da marca que tanto gostava. Motores ultrapassados, acabamento mais ou menos e performance morna... Nem no consumo os Fiat brilham mais... Não foram essas características que levaram a marca à liderança do mercado, pelo contrário: Foi investindo em novidades, em segurança, em tecnologia, que a Fiat tomou o posto da Volkswagen, deitado em berço esplêndido por anos. O Palio, que no início tinha na segurança um de seus grandes motes de venda, hoje vai mal... E a Fiat sofre investigação porque um Punto sofreu um acidente e jovens morreram porque o fecho do cinto rompeu... É o caso Chico Science de novo... Se a Fiat não retomar o espírito de alguns anos atrás, vai perder a liderança... A VW cansou do segundo lugar e resolveu se mexer, vem pra 2014 forte, cadê a resposta da Fiat?! Cadê as novidades? Cadê os Fiat de antes, com motores nervosos (mesmo os 1.0!), econômicos, e acima de tudo, carros com personalidade. Hoje a linha da Fiat é o quê?! O Mille, o Novo Uno (que por baixo é um Palio), o Palio (Puntinho), o Punto (que sofre com a falta de um motor decente para empurrá-lo), o Bravo (Puntão)... E o Linea, que é um carro pequeno com porta-malas tentando peitar os médios de verdade.
Resumindo: Me vi sem saída. Pensei seriamente em voltar para os Unos, mas aí retornaria ao meu problema inicial da falta de segurança.Pensei no T-Jet, mas acho o carro muito caro pelo que oferece, não gosto do interior também... Pensei em pegar um 500, mas o 1.4 Fire também é chocho, e o Multi-Air era muito caro pelo que entrega. Fora ser pequeno demais pra ser meu único carro. Não tinha jeito: Pela primeira vez teria que sair da linha Fiat.
Depois de um período de devaneio pensando em carros apaixonantes mas que poderiam me render (grandes) dores de cabeça (tipo Volvo C30

Continuo gostando dos Fiat, mas dos antigos... Os novos estão muito longe do antigo slogan "movidos pela paixão". É isso que queria deixar como alerta para a marca.
Vou dar uma olhada nesse tópico nos próximos dias, mas em todo caso se alguém precisar de alguma coisa, pode me mandar email no [email protected]. Continuo indo nos encontros da Scuderia Uno, entretanto
