O valor do tuning
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O valor do tuning
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Recebemos nas últimas semanas algumas manifestações de desagravo quanto à nossa suposta implicância com umas das subculturas mais importantes do mundo sobre rodas. Como ex-colaborador de uma revista sobre o assunto (a finada Quatro Rodas Tuning), vou colocar essa questão na roda: tuning é legal?
Creio que a melhor resposta seja: tuning pode ser legal. Basta ser feito com cuidado, qualidade e coerência. Sim, nós sabemos que gosto geralmente não se discute, mas veja bem, a coerência visual é um conceito mais tangível, e pode ser obtida mesmo no mais chamativo e provocador dos projetos. E vale não só para o tuning, mas para todo e qualquer estilo de personalização.
Como conseguir isso? Respeitando as linhas gerais tanto do carro que você possui, como da projeção que você vê no futuro. Se o seu automóvel é um Mitsubishi Eclipse ou Peugeot 206, cheio de linhas sinuosas que terminam em ângulos afilados, faça modificações coerentes com esse formato. Se for algo mais quadradão, como um Volks ou Volvo, aposte nos vincos e em spoilers mais discretos, coisas que realmente pareçam ter sido feitas para o carro, e não uma entidade à parte.
Você tem um sedã meio careta e mesmo assim quer tuná-lo? Transformá-lo em um superesportivo em cores chocantes provavelmente só causará vergonha alheia – a menos que o seu sedã seja um Alfa 155, um Impreza ou um Lancer. Não é todo carro que pode virar estrela de Velozes e Furiosos sem cair no ridículo. Se o seu possante for algo mais sóbrio, de traseira baixa e sem nenhuma referência visual no mundo das competições, a alternativa deve ser uma só: dub style. Coloque umas rodonas, deixe a lataria nos trinques, rebaixe elegantemente o bichano e curta o rolê.
O tuning do tipo liquidificador carnavalhesco, que vai adicionando os mais diferentes elementos pelo dono afetado por surtos consumistas, esse realmente é difícil de se justificar. Confesso que já saí de alguns eventos de personalização com dores de cabeça, tamanha a quantidade de informação acumulada em um mesmo carro. Outra categoria indefensável é a que se preocupa apenas com a maior roda, o aerofólio mais alto, a suspensão mais rebaixada. Aqui entre nós: você acha realmente legal mulheres com dois litros de silicone nos peitos? Ou uma Valeska Popozuda, que precisa de macaco hidráulico para vestir uma calça jeans? Prefiro uma Luize Altenholfen, bem-equipada e sem exageros. E aí entramos na questão que talvez seja a principal por essas bandas: qual o objetivo do tuning?
No Brasil, por diversas razões, essa palavra acabou vinculada à personalização mais estética. Na Alemanha, onde o termo surgiu, tuning sempre esteve relacionado à performance dos carros. Mesmo no inevitável Velozes e Furiosos, você fica com vontade de experimentar aquele Toyota Supra não por causa da pintura laranja berrante, mas porque ali está uma máquina bombada e poderosa. Enquanto isso, o que geralmente vemos aqui no Brasil são carros onde os raros aprimoramentos mecânicos acabam anulados por body kits e intervenções desastrosas, que geralmente só atrapalham.
Quer uma pintura super chamativa? Então procure por uma referência válida (como o leitor Marcelo Assmann, cuja foto do belo Pug 206 pintado à lá NFS Underground abre esse post). Assim como mecânica, design automotivo não é algo que qualquer um pode começar a criar do zero. Isso demanda estudo, conhecimento e – vamos repetir – referências.
Precisa de dinheiro também? Claro que precisa. Difícil imaginar algo bom no universo automotivo que não cobre o seu valor. E aí alguém vai dizer “pô, mas estamos no Brasil, aqui tudo é mais caro, não temos bons carros acessíveis, e não tenho grana pra fazer esses lances profissionais”. Nesse caso meu amigo, mais uma vez use a coerência: se não tens a possibilidade de fazer algo bom, por que insistir no desastre?
PS: esse assunto mexe com os nervos da rapaziada, mas vamos tratar de manter o bom nível, sem preconceito nem ridicularizações.
F J



Recebemos nas últimas semanas algumas manifestações de desagravo quanto à nossa suposta implicância com umas das subculturas mais importantes do mundo sobre rodas. Como ex-colaborador de uma revista sobre o assunto (a finada Quatro Rodas Tuning), vou colocar essa questão na roda: tuning é legal?
Creio que a melhor resposta seja: tuning pode ser legal. Basta ser feito com cuidado, qualidade e coerência. Sim, nós sabemos que gosto geralmente não se discute, mas veja bem, a coerência visual é um conceito mais tangível, e pode ser obtida mesmo no mais chamativo e provocador dos projetos. E vale não só para o tuning, mas para todo e qualquer estilo de personalização.
Como conseguir isso? Respeitando as linhas gerais tanto do carro que você possui, como da projeção que você vê no futuro. Se o seu automóvel é um Mitsubishi Eclipse ou Peugeot 206, cheio de linhas sinuosas que terminam em ângulos afilados, faça modificações coerentes com esse formato. Se for algo mais quadradão, como um Volks ou Volvo, aposte nos vincos e em spoilers mais discretos, coisas que realmente pareçam ter sido feitas para o carro, e não uma entidade à parte.
Você tem um sedã meio careta e mesmo assim quer tuná-lo? Transformá-lo em um superesportivo em cores chocantes provavelmente só causará vergonha alheia – a menos que o seu sedã seja um Alfa 155, um Impreza ou um Lancer. Não é todo carro que pode virar estrela de Velozes e Furiosos sem cair no ridículo. Se o seu possante for algo mais sóbrio, de traseira baixa e sem nenhuma referência visual no mundo das competições, a alternativa deve ser uma só: dub style. Coloque umas rodonas, deixe a lataria nos trinques, rebaixe elegantemente o bichano e curta o rolê.
O tuning do tipo liquidificador carnavalhesco, que vai adicionando os mais diferentes elementos pelo dono afetado por surtos consumistas, esse realmente é difícil de se justificar. Confesso que já saí de alguns eventos de personalização com dores de cabeça, tamanha a quantidade de informação acumulada em um mesmo carro. Outra categoria indefensável é a que se preocupa apenas com a maior roda, o aerofólio mais alto, a suspensão mais rebaixada. Aqui entre nós: você acha realmente legal mulheres com dois litros de silicone nos peitos? Ou uma Valeska Popozuda, que precisa de macaco hidráulico para vestir uma calça jeans? Prefiro uma Luize Altenholfen, bem-equipada e sem exageros. E aí entramos na questão que talvez seja a principal por essas bandas: qual o objetivo do tuning?
No Brasil, por diversas razões, essa palavra acabou vinculada à personalização mais estética. Na Alemanha, onde o termo surgiu, tuning sempre esteve relacionado à performance dos carros. Mesmo no inevitável Velozes e Furiosos, você fica com vontade de experimentar aquele Toyota Supra não por causa da pintura laranja berrante, mas porque ali está uma máquina bombada e poderosa. Enquanto isso, o que geralmente vemos aqui no Brasil são carros onde os raros aprimoramentos mecânicos acabam anulados por body kits e intervenções desastrosas, que geralmente só atrapalham.
Quer uma pintura super chamativa? Então procure por uma referência válida (como o leitor Marcelo Assmann, cuja foto do belo Pug 206 pintado à lá NFS Underground abre esse post). Assim como mecânica, design automotivo não é algo que qualquer um pode começar a criar do zero. Isso demanda estudo, conhecimento e – vamos repetir – referências.
Precisa de dinheiro também? Claro que precisa. Difícil imaginar algo bom no universo automotivo que não cobre o seu valor. E aí alguém vai dizer “pô, mas estamos no Brasil, aqui tudo é mais caro, não temos bons carros acessíveis, e não tenho grana pra fazer esses lances profissionais”. Nesse caso meu amigo, mais uma vez use a coerência: se não tens a possibilidade de fazer algo bom, por que insistir no desastre?
PS: esse assunto mexe com os nervos da rapaziada, mas vamos tratar de manter o bom nível, sem preconceito nem ridicularizações.
F J
Power...
Re: O valor do tuning
achei mto valida a comparação com as mulheres..
pra que exageros...
ngm curte aquela mulher com o maior seio do mundo...
tem que ser sobrio, ter bom gosto, e infelizmente, ter uma grana pra fazer uma coisa bonita..
pq mexer no carro, so pra fla que mexeu, não vale a pena
pra que exageros...
ngm curte aquela mulher com o maior seio do mundo...
tem que ser sobrio, ter bom gosto, e infelizmente, ter uma grana pra fazer uma coisa bonita..
pq mexer no carro, so pra fla que mexeu, não vale a pena
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