Por que certos carros não embalam nas vendas?

[rodrigodk]

O pessoal do Carsale publicou uma matéria que está gerando bastante discussão a respeito de carros modernos que foram lançados com destaque, cheios de qualidades, mas que não conseguem resultados expressivos nas vendas aqui no Brasil.



Qual o segredo do sucesso? Pelo o que o mercado automotivo tem mostrado nos últimos anos, são vários os fatores que determinam se um lançamento será bem aceito ou não. Tradição no segmento, confiança do consumidor na fabricante, preço competitivo, desenho arrojado, campanha de marketing eficiente são alguns dos itens a serem levados em conta. Mas ter bom desempenho nas vendas não depende de uma ciência exata, por isso há casos em que modelos de alta qualidade, aprovados pela crítica, acabam encalhando nas lojas. Confira abaixo alguns exemplos de carros recém-lançados que ainda não caíram no gosto do publico.

Bravo: substituto e substituível

Atributos que tornam o Fiat Bravo uma opção atraente e interessante não faltam. Ele estreou por aqui no final do ano passado como substituto do coadjuvante Stilo e com a missão de tentar mudar a tímida participação da Fiat no segmento de hatches médios. Infelizmente, ele ainda não conseguiu. Após cerca de oito meses de sua estreia, o Bravo nem sequer chegou a encostar nos líderes Hyundai i30, Ford Focus e o veterano Chevrolet Astra, que já emplacaram entre janeiro até julho 22.450, 14.498 e 13.907 unidades, respectivamente, conforme a Fenabrave (Federação dos distribuidores de veículos).

Fazendo um breve comparativo, os 6.406 emplacamentos do Fiat representam apenas 28,5% do que já foi vendido pelo coreano i30. Com a saída do Astra do jogo, que acontecerá no final do ano, período marcado pela chegada do aguardado Cruze hatch (o três volumes vem antes, já no próximo mês), o terreno promete ficar ainda mais difícil para o Bravo.

Para desgosto da Fiat, além de não conseguir ficar entre os três mais vendidos, o Bravo de design arrojado e cheio de tecnologias está atrás do defasado Golf de quarta geração (apelidado de 4,5 ) no ranking de vendas. Mas não é só no Brasil que o Bravo não deu certo. Na Europa ele também não decolou e a Fiat, inclusive, já vem dando pistas de que sua aposentadoria está próxima. Sem sucessor definido, acredita-se que o hatch dará lugar a um novo crossover.

Franceses em marcha lenta: Peugeot 408 e Renault Fluence

Lançados com cerca de dois meses de diferença, os franceses Renault Fluence e Peugeot 408, chegaram com o mesmo objetivo: concorrer com os líderes Corolla e Civic, os sedãs médios preferidos pela maioria dos consumidores por muito tempo – até junho último, quando o sul-coreano Kia Cerato conseguiu pular para segunda posição, deixando o Civic para trás.

Com 3.421 unidades emplacadas até julho o Fluence (lançado em dezembro) teve que se contentar com a 10ª posição, enquanto o 408 (que chegou em fevereiro) ficou com a 12ª colocação, graças aos seus 2.723 exemplares acumulados.

Só para se ter uma ideia, o Corolla se consolida como o preferido pelos brasileiros com 28.487 unidades emplacadas até o sétimo mês, seguido do Cerato com 15.409 exemplares e Civic com 14.204 modelos. Isso quer dizer que o sedã da Toyota possui um volume de vendas cerca de 10 vezes maior que o 408 e aproximadamente oito vezes superior que o do Fluence. Com este cenário, fica difícil (para não dizer impossível) a França vencer essa batalha com o Japão.

VW Amarok: enfrenta todos os terrenos, mas encalha nas vendas
m abril do ano passado, a Volkswagen deixou todo o mundo de boca aberta com o lançamento de sua primeira picape média, a Amarok. No Brasil, a missão da picapona da marca alemã era enfrentar um terreno dominado por tradicionais fabricantes de utilitários. Armas para a batalha ela mostrou ter: robustez, design contemporâneo, motorzão e assinatura da VW, marca que carrega mais de 58 anos de tradição por aqui.

Desenvolvida para ser capaz de enfrentar os mais difíceis obstáculos, a Amarok acabou “encalhando” nas vendas. Com 5.547 unidades emplacadas até julho, a alemã responde por menos de 800 exemplares por mês – a líder S10 da General Motors emplaca, em média, mais de 3.300 modelos mensalmente, somando 23.344 unidades em sete meses. Indiscutivelmente, há um abismo entre a Amarok e a campeã, sendo que a situação promete se agravar ainda mais com a chegada da nova S10 no ano que vem.

Além de não estar no mesmo nível, em termos de vendas, para competir com o modelo da GM, a Amarok também não conseguiu fazer frente a nenhuma das principais concorrentes. Toyota Hilux (16.875 unidades), Mitsubishi L200 (12.195 unidades), Ford Ranger (7.814 unidades) e Nissan Frontier (6.691 unidades) também estão agradando mais aos brasileiros que a novata da Volkswagen.

Ford New Fiesta: mexicano arrojado na pista, modesto nas lojas

A nova geração do Fiesta nacional, ou o New Fiesta foi um dos lançamentos de impacto no último ano da marca no Brasil. O modelo chama a atenção pelo design atualizadíssimo, que segue o padrão mundial da fabricante, bom conjunto mecânico, entre outros atributos para competir no segmento de sedãs compactos. Pois é, embora tenha (vários) pontos contando a seu favor o New Fiesta é mais um exemplo de fracasso nas vendas.

No ranking de emplacamentos da Fenabrave os números de vendas do Fiesta nacional são somados ao do New Fiesta – ao todo são 20.717 unidades. Em contato com a Ford, conseguimos os dados apenas do New Fiesta do período de outubro de 2010 até julho, que foi de 11.000 unidades, gerando uma média de 1.100 exemplares por mês. Só para se ter uma ideia, o líder do segmento, o Honda City acumula este ano 16.765 exemplares somente nestes sete meses de 2011, enquanto o segundo colocado Peugeot 207 responde por 11.210 unidades.

Logo atrás estão o VW Polo Sedan, com 7.365 unidades, e o recém chegado JAC J3, que já atingiu desde março, data do início das operações da chinesa no País, 4.309 modelos. Constatar que o New Fiesta vai mal é fácil. Difícil é saber a razão.

F C

[shadowcps]

nem é tão difícil assim: graças a todos os deuses parece que o consumidor de determinado segmento "acordou" e compara custo x benefício. Pra que comprar um Bravo seminu se, com o que se paga por le dá pra comprar outro do mesmo segmento, só que completasso ?

[renato_punto_prata2]

pelo menos aqui em recife, de todos os carros citados, o que menos vendeu foi o fluence, mas ele não deixa de ser visto pelas ruas

[Ferranda]

Até que um tempo atrás me interessei pelo Amarok, porem um carro desse porte não ter cambio automático (nem como opcional) é jogar pro mercado Br a escoria a preço de ouro.
Muito da culpa dos carros encalharem é justamente uma politica de preços nada agressiva e a tentativa errônea de se pagar um projeto em menos de 3 anos...

[andretissot]

Será que a FIAT vai acordar com o Bravo assim como fez com o linea e baixar o preço ???

[tiagocaria]

baixar o preço...

Bem se for pra fazer como fizeram com o Linea melhor parar de fabricar!

Alguem ja viu um demonio (sem citar o Agile, Shadow! kkkkkk)? É um linea com roda de ferro 15" e calotas!

tudo nele é inferior... rodas e calotas, acabamento, estofamento... pra que? so pra falar que tem um linea? Bela Bos.......