Uno e Gol eles quebram os postos

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Uno e Gol eles quebram os postos

por rodrigodk » Dom Ago 29, 2010 7:48 pm

*** Sou + o uno ..***

Reunimos as duas gerações dos veículos flex mais econômicos do Brasil para um desafio de centenas de quilômetros e poucos litros de combustível

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No que dependesse dos quatro carros desta reportagem, vender combustível não seria um bom negócio. Afinal, esse quarteto tem pouca sede. Para descobrir qual é o carro mais econômico do Brasil (com gasolina e com etanol), levamos para um longo passeio as duas gerações do Fiat Uno e as duas do VW Gol – todos com motor 1.0 flex. O quarteto saiu de São Paulo, foi até o Paraná e depois voltou ao ponto de partida. No total, foram 870 quilômetros.

Por que eles? A seleção desse quadrangular final reuniu os dois vencedores do teste realizado em dezembro de 2008, além de dois novos desafiantes. Na primeira edição de nosso roteiro da economia, 11 carros participaram, e dois voltaram para São Paulo como destaques, exatamente o Mille e o novo Gol 1.0. O modelo da Fiat foi o mais econômico com etanol, seguido do Volkswagen. Com gasolina, eles empataram em terceiro lugar, mas no balanço entre combustível fóssil e renovável eles se sobressaíram. O Kia Picanto foi o campeão com gasolina, mas não aceita etanol.

De lá para cá, no entanto, algumas coisas mudaram. A Volkswagen apresentou um “novo velho Gol”. E a Fiat lançou um novo Uno. Explicando: na família Gol, o modelo novo (G5) é que era a referência em baixo consumo. Mas a empresa alemã lançou a versão Ecomotion do veterano Gol G4. No caso do Uno, o novo modelo recebeu motor com alterações (o que justifica o sobrenome “Evo”). Assim, só o quadrangular resolveria a questão.

A metodologia foi a mesma do primeiro teste. A viagem de ida foi feita com etanol. Depois que o tanque secasse, seria reabastecido com gasolina. Assim, após o bate-e-volta teríamos a média de consumo com os dois combustíveis. O trabalho começou na véspera. Na noite anterior, nosso auxiliar de testes, Alexandre Silvestre, o Careca, abasteceu os quatro veículos com etanol, calibrou os pneus e conferiu o nível dos líquidos (água de radiador, limpador e óleo do motor). Depois, colocou os carros para dormir, porque o dia seria puxado.

Saímos da Editora Globo às 6 horas da manhã. Para começar, escolhi o Gol Ecomotion – garantia para não dormir ao volante (torto). Isso porque no Gol G4 o som do motor invade a cabine sem cerimônia. O volante (sem opção de regulagem) é levemente torto, e o câmbio está longe de oferecer os melhores engates. Mas eu sabia que estava ao volante de um forte candidato ao título de mais econômico. A gente já havia feito o teste de pista com ele, e, além de andar muito (acelerou de 0 a 100 km/h em 13 segundos!), ele havia gasto pouco combustível. Faltava a comprovação.

Antes de encarar a longa reta da rodovia Castelo Branco rumo ao interior, vale um esclarecimento sobre o Gol Ecomotion: esqueça qualquer ligação com o Polo BlueMotion. Para ser mais econômico, o Polo recebeu tecnologia na direção (eletro-hidráulica) e no ar-condicionado (digital). Além disso, as marchas foram alongadas e a carroceria passou por alterações aerodinâmicas (grade mais fechada na frente, spoiler e aerofólio na traseira). Os pneus são especiais. No Gol, a receita foi o inverso: a completa exclusão da tecnologia e do conforto. Disponível apenas com duas portas, tem direção mecânica e o ar... bom, o ar é o que vem das janelas (esses equipamentos estão na lista de opcionais).

A maior novidade fica por conta do econômetro digital no painel, mas não se empolgue muito: ele é bem pequeno, e de visualização ruim. Os pneus Bridgestone B250 165/70 R13 (também empregados no Uno e no Mille) são de baixa resistência à rodagem, mas no VW eles recebem calibração bem mais alta, para diminuir ainda mais o atrito com o solo. Para se ter uma ideia, a pressão na dianteira foi de 27 para 39 libras! Como resultado, a direção fica bem leve, mesmo sem assistência hidráulica. E o bolso fica bem vazio: mesmo não oferecendo nada em termos de conforto, o Gol Ecomotion custa R$ 27.530. Dá para levar o novo Uno de quatro portas – meu segundo carro na rota da economia.

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A cada 100 quilômetros, combinamos de trocar de veículo para que o modo de dirigir de cada um não interferisse no resultado. Havia outras regras: nada de acelerações bruscas, nem de marchas esticadas. E o comboio não deveria seguir nem muito distante (o contato deveria ser visual) nem muito perto, para evitar que quem viesse atrás se beneficiasse de um possível vácuo do carro da frente. O mais importante, no entanto, era a velocidade: o objetivo era fazer medição de consumo em condições reais. E a realidade é que ninguém anda se arrastando pela estrada. Por isso, conduzimos no limite permitido da estrada: 110 ou 120 km/h, conforme a rodovia. Nem mais, nem menos.

Para quem havia acabado de sair do Gol Ecomotion, entrar no novo Uno já foi um ótimo upgrade. O estilo é moderno, a mecânica foi revisada, vem com duas portas a mais e o preço é de Gol G4 (R$ 27.350)! Porém, nem tudo são flores. De cara, a gente percebe que o motor de 75 cv (etanol) não é tão espevitado como o do Gol Ecomotion, apesar da potência menor (71 cv) e do diferencial 6,8% mais longo no carro da VW. Para manter 120 km/h em subidas, foi necessário pisar mais no acelerador do Fiat do que no do VW, porque o Uno tendia a perder velocidade mais rapidamente.

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Em compensação, a posição ao volante é bem melhor. E a sensação de estar dirigindo um carro novo, muito maior. O Gol Ecomotion também já está na linha 2011, mas a gente sabe que é só uma questão de documento. O econômetro adotado pela Fiat é mais funcional que o do Gol: trata-se de um grande ponteiro que se alterna entre as faixas amarela e verde da escala. Como ele chama mais atenção, o motorista fica atento para tentar manter a agulha no verde.
Fabio Aro

Afora o desempenho mais comedido, o Uno está sujeito a poucas críticas. Uma delas é a chave: um carro totalmente novo poderia vir com chave idem, mas ela é a mesma do Mille e do Palio. Esses detalhes, no entanto, não ofuscam o sucesso do carro. Nos pedágios (foram nove, entre ida e volta), o Uno causou. É claro que o amarelo do carro testado chama a atenção, mas o desenho do carro também tem sua parcela de “culpa”.

Pode-se dizer que o ruído a bordo do Uno está dentro de níveis civilizados, mas, quando troquei o Uno pelo Gol G5, fez-se silêncio! O barulho gerado pela rodagem é menor no Gol G5 do que no Uno, resultado de um melhor isolamento acústico no modelo da VW. Ao trocar o Fiat pelo rival, a posição ao volante também melhorou. Como o Uno testado veio sem ajuste de altura no banco (opcional), fiquei um pouco abaixo da posição ideal. Não é nada grave, mas proponho a quem tiver estatura em torno de 1,65 m (meu caso) e esteja interessado no Uno, que não abra mão da regulagem de altura (opcional de R$ 330).

O novo Gol alia o bom desempenho do Gol G4 a um frescor de linhas que seu antecessor não oferece há anos. Além disso, vem com o melhor câmbio do quarteto. Não tem desenho tão moderno como o do Uno, mas o estilo sóbrio agrada. Dos quatro, era o único sem econômetro, mas só ele veio com conta-giros. O maior problema do novo Gol está na relação de câmbio muito curta, especialmente em primeira e segunda. Por causa disso, a condução na cidade é um pouco incômoda, principalmente na redução de terceira para segunda, situação em que o carro chega a dar um tranco e a rotação sobe muito. Na estrada, porém, o sintoma não causa nenhum transtorno, já que nessa condição usa-se a quinta marcha na maior parte do tempo. Por outro lado, o que causa certo transtorno é o preço: o Gol G5 1.0 parte de R$ 30.880, quantia suficiente para levar o Uno novo já com alguns opcionais.

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Na edição anterior de nosso tira-teima de consumo, boa parte dos 11 veículos chegou a Santa Cruz do Rio Pardo (metade do caminho) com o tanque na reserva. Pois dessa vez os quatro participantes chegaram a esse ponto (a cerca de 330 km de São Paulo) com mais de meio tanque. Por isso, o jeito foi continuar o percurso rumo ao Paraná, em vez de dar meia volta, como no primeiro teste.

Cruzei a divisa de estados a bordo do Mille. Como sempre, o veterano Fiat mostrou bom desempenho até nas subidas, situação em que ele se sai melhor que seu irmão mais novo (mesmo sem a versão “Evo” do motor). O projeto é antigo e a frente é bem leve (como a do Gol Ecomotion), mas a gente acaba relevando as falhas porque o modelo é barato para comprar (R$ 25.370 o modelo de quatro portas) e manter.

Quando chegamos a Bandeirantes, no norte do Paraná e a 440 km do ponto de partida, fizemos o retorno e iniciamos a volta, ainda com etanol no tanque. Na volta, como já era esperado, o primeiro a pedir gasolina foi o novo Uno, por causa do menor tanque (48 litros). Mesmo assim, o reservatório só secou após quase 550 km rodados com o combustível vegetal! Na sequência vieram Mille (50 litros) e Gol G5 (55 l), que tiveram fôlego para mais cerca de 60 km. O Gol Ecomotion (55 l) parou depois de andar mais de 680 km. Depois, eles ainda teriam outros 190 km para chegar à sede da editora, dessa vez rodando com gasolina. Chegamos a São Paulo com o posto fechado. Por isso, só no dia seguinte fomos abrir o tanque para ver quanto os carros tinham bebido. A conclusão? Os quatro deram show de economia, mas, quando o assunto é consumo, os veteranos ainda são a referência.

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PARA ECONOMIZAR

Evite acelerações bruscas. Nas saídas de semáforo ou pedágio, acelere gradativamente, sem pisar muito forte no pedal.

Não estique marchas. Faça as trocas quando o motor estiver na faixa intermediária de rotação, que costuma ser em torno de 3.000 rpm. Tenha em mente que, quanto maior a rotação, maior o consumo. Mas também não troque com giro muito baixo, porque nesse caso é preciso pisar mais fundo no acelerador.

Não leve peso desnecessário. Objetos esquecidos no porta-malas só servem para aumentar o peso e o gasto de combustível.

Não “costure” no trânsito, nem faça movimentos desnecessários com o volante. Com as rodas em linha reta, o veículo fica mais livre, e portanto gasta menos. Além do mais, isso também economiza pneus.

Mantenha os pneus calibrados. Com pressão baixa, o atrito da borracha com o solo aumenta, elevando a força do motor e também o consumo. Sem contar que o desgaste dos pneus também se acelera.

Fique atento para o desgaste dos pneus. Se ele for irregular, pode ser sinal de problemas com a cambagem e convergência. Em ambos os casos, há reflexos no consumo.

Não utilize o ar-condicionado sem necessidade. O sistema é um dos vilões do consumo de combustível.

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Re: Uno e Gol eles quebram os postos

por bru21c » Seg Ago 30, 2010 12:30 am

Bela matéria!!
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Re: Uno e Gol eles quebram os postos

por jaslee » Seg Ago 30, 2010 4:13 am

Faltou so o comparativo:

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Re: Uno e Gol eles quebram os postos

por andretissot » Seg Ago 30, 2010 8:05 am

(=D>)

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Re: Uno e Gol eles quebram os postos

por netikaum » Seg Ago 30, 2010 8:22 am

(=D>) (=D>) (=D>)
concordo com vc
acho que entre todos o uno mille é o melhor custo benefício.
Netikar Silver= Punto 1.4 ELX Prata Bari - Roda 17" Momo Striker Silver - Mola Esportiva Eibach - G5 lateral - G35 Parabrisa - Ponteira de Escape Raceway RW 106X
Take a look at it: viewtopic.php?f=23&t=8643

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Re: Uno e Gol eles quebram os postos

por andretissot » Seg Ago 30, 2010 9:23 am

Com certeza !!!

Barato
Econômico (principalmente)
Baixo Custo de manutenção
Fácil revenda
baixa desvalorização

Pra mim só tem um problema

É mto feio hehehehe

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Re: Uno e Gol eles quebram os postos

por je9445 » Seg Ago 30, 2010 11:11 am

(=D>) (=D>) (=D>)
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Re: Uno e Gol eles quebram os postos

por calarga » Seg Ago 30, 2010 11:28 am

P.orra Jefferson!
Palminha não né cara! uhaehuehueuheuhuahhuea
Cara.. de todos esses aí.. pelo custo x benefício.. iria de uno (mesmo sendo feio)
Apesar que o gol g5 é bacaninha.. e anda bem pra caramba!

Mille e Gol g4 descartados...rs
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Re: Uno e Gol eles quebram os postos

por Lbonetto » Seg Ago 30, 2010 11:35 am

Pow, meu G5 fazia 12km/l
meu puntao ta fazendo entre 5 e 6 km/l

TENSOOOOO !!!!
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Re: Uno e Gol eles quebram os postos

por calarga » Seg Ago 30, 2010 11:51 am

To pensando seriamente em pegar um Civic..
Gasta igual.. anda mais.. e é um Honda
Puntao fazendo 5 num tá dando...
Se for pra fazer isso.. que pelo menos eu tenha quase 140 poneis disponíveis.. hehehehe
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