Empinar um carro - mito ou verdade?
Enviado: Ter Mai 04, 2010 2:26 pm*** LeSSSgal... rs ***
O duelo final do Velozes e Furiosos, protagozinado por um Dodge Charger e um Toyota Supra (os atores Vin Diesel e Paul Walker foram meros coadjuvantes...), fez muitos céticos torcerem o nariz. Afinal, como pode um carro de quase duas toneladas levantar as rodas dianteiras ao "dar motor", quase como uma moto? Absurdo, inverossímil, ridículo! Ou não?
eja o macaco que ergue o Charger aos 4:15. O vídeo também mostra cenas de bastidores do 60 Segundos original, de 74.
Quem assistiu ao "making of" do longa sabe que, na composição da cena, o Dodge foi levantado por um enorme sistema de macaco hidráulico (eliminado na edição gráfica), praticamente selando a farsa. Mas muita gente não sabe que é comum estes muscle cars empinarem nas pistas de arrancada norte-americanas. Se alguns conseguem andar mais de 50 metros nesta condição, outros chegam ao cúmulo de concluir o percurso de 402 metros (um quarto de milha) com o nariz apontado para o céu!
ste Barracuda é famoso por terminar a arrancada exatamente como começou: de nariz pra cima. Arrogante, não?
Mas como isso seria possível?
Todo mundo sabe que, se acelerarmos demais em uma arrancada, as rodas giram em falso e o carro mal sai do lugar. Então, pra levantar a frente do chão, seria necessária uma quantidade de aderência absurda, maior até mesmo que os pneus de um Fórmula 1. Quase um chiclete, uma cola. E é claro, muita potência (pra lá de 700 cavalos), tração traseira e uma suspensão que transfira o máximo de peso pra traseira na hora do "vamos ver".
Ei, mas então, qual a fonte de tanta aderência? A mágica tem nome - na verdade, sigla: VHT.
Cada garrafa deste grude custa cerca de 30 dólares.
Trata-se de uma resina química criada pela americana Sperex Corporation na década de 60. Inicialmente, foi composta para ser utilizada como um verniz de alta temperatura para a NASA, mas a empresa decidiu disponibilizá-la no mercado. Sua pegajosidade foi rapidamente descoberta pelos pilotos de arrancada, que passaram a usar o produto desde 1972. A Sperex não perdeu tempo, e começou a lançar produtos específicos para estes compradores.
...e realmente parece uma cola. Se você andar ali em cima, seu pé deixará o sapato para trás. Não estou brincando.
Então, o Charger de Toretto poderia sim, arrancar como foi insinuado no filme. O vital seria um sistema que aplica VHT sobre os pneus, controlado de dentro do carro, como alguns "street racers" têm feito de uma década pra cá. Mas só com os pneus de arrancada, sem burnout (que eleva a temperatura do composto ao ponto ideal) e em um asfalto de rua, sem VHT, impossível!
Um Charger empinando, como no filme. Desta vez, de verdade.
F J
O duelo final do Velozes e Furiosos, protagozinado por um Dodge Charger e um Toyota Supra (os atores Vin Diesel e Paul Walker foram meros coadjuvantes...), fez muitos céticos torcerem o nariz. Afinal, como pode um carro de quase duas toneladas levantar as rodas dianteiras ao "dar motor", quase como uma moto? Absurdo, inverossímil, ridículo! Ou não?
eja o macaco que ergue o Charger aos 4:15. O vídeo também mostra cenas de bastidores do 60 Segundos original, de 74.
Quem assistiu ao "making of" do longa sabe que, na composição da cena, o Dodge foi levantado por um enorme sistema de macaco hidráulico (eliminado na edição gráfica), praticamente selando a farsa. Mas muita gente não sabe que é comum estes muscle cars empinarem nas pistas de arrancada norte-americanas. Se alguns conseguem andar mais de 50 metros nesta condição, outros chegam ao cúmulo de concluir o percurso de 402 metros (um quarto de milha) com o nariz apontado para o céu!
ste Barracuda é famoso por terminar a arrancada exatamente como começou: de nariz pra cima. Arrogante, não?
Mas como isso seria possível?
Todo mundo sabe que, se acelerarmos demais em uma arrancada, as rodas giram em falso e o carro mal sai do lugar. Então, pra levantar a frente do chão, seria necessária uma quantidade de aderência absurda, maior até mesmo que os pneus de um Fórmula 1. Quase um chiclete, uma cola. E é claro, muita potência (pra lá de 700 cavalos), tração traseira e uma suspensão que transfira o máximo de peso pra traseira na hora do "vamos ver".
Ei, mas então, qual a fonte de tanta aderência? A mágica tem nome - na verdade, sigla: VHT.
Cada garrafa deste grude custa cerca de 30 dólares.
Trata-se de uma resina química criada pela americana Sperex Corporation na década de 60. Inicialmente, foi composta para ser utilizada como um verniz de alta temperatura para a NASA, mas a empresa decidiu disponibilizá-la no mercado. Sua pegajosidade foi rapidamente descoberta pelos pilotos de arrancada, que passaram a usar o produto desde 1972. A Sperex não perdeu tempo, e começou a lançar produtos específicos para estes compradores.
...e realmente parece uma cola. Se você andar ali em cima, seu pé deixará o sapato para trás. Não estou brincando.
Então, o Charger de Toretto poderia sim, arrancar como foi insinuado no filme. O vital seria um sistema que aplica VHT sobre os pneus, controlado de dentro do carro, como alguns "street racers" têm feito de uma década pra cá. Mas só com os pneus de arrancada, sem burnout (que eleva a temperatura do composto ao ponto ideal) e em um asfalto de rua, sem VHT, impossível!
Um Charger empinando, como no filme. Desta vez, de verdade.
F J
