Os dez melhores carros nacionais dos anos 90

*** Nisso podemos ver uma coisa, a GM já foi top no brasil.... ***

S10
Incrível imaginar que, antes da S10, o sujeito que hoje compra Triton, Hilux, Ranger, Frontier e Amarok teria de se contentar com as bojudas D20 e F1000 se quisesse algo maior que uma reles picapezinha compacta. Bonita, moderna e tão atraente quanto um esportivo em 1995, deu origem à Blazer, outro best seller nacional, e continua vendendo bem, mas os tempos são outros, assim como a clientela atual – frotistas e órgãos governamentais.

Escort
A segunda geração do Escort no Brasil (quarta, na Europa) rejuvenesceu o modelo a quem substituiu, e aproveitou bastante a época da Autolatina para tomar emprestados os motores 1.8 e 2.0 da Volks. A versão XR3, além disso, manteve o charme da opção conversível, com carroceria assinada pela Karmann Guia. A mesma plataforma ganharia versões sedã e perua, e daria origem aos Logus e Pointer, duas vítimas do desastre corporativo que marcou o fim da parceria entre Ford e VW. No final da vida, ganhou uma duvidosa grade oval e o elogiável motor Zetec, orgulho da marca na virada do século.

Marea
Olhando em retrospectiva, a família Marea nunca teve sucesso nas vendas. Havia a desculpa de que o design da traseira do sedã era muito careta, o que motivou sua remodelagem, mas o fato é que o principal chamariz do carro – a performance do moderno motor de 5 cilindros e 20 válvulas, realçado ainda mais quando a Fiat aumentou o deslocamento de 2.0 para 2.4 litros – não foi suficiente para atrair um público que, na média, deixou de valorizar a esportividade. O final dos anos 90 marca, de fato, o fim da maioria das versões nervosas no mercado nacional. O Marea ainda hoje mantém um público fiel, e o Marea Weekend Turbo, com extraordinários 182 cavalos e um belo arranjo de lanternas nas colunas traseiras, é o tipo de carro que sempre vai encher de orgulho seus felizes proprietários.

Kadett GSi
No início de sua fabricação, em 1989, o Kadett brasileiro trouxe para a arena esportiva o GS, um rival à altura do Gol GTS. Mas para enfrentar o GTI, pioneiro na eletrônica, seria necessário o GSi, com injeção multiponto, freios a disco nas quatro rodas, ABS opcional e painel digital, algo totalmente high tech para a época. Uma parte ínfima dessa produção era enviada para o estúdio de Nuccio Bertone, na Itália, onde recebia uma apaixonante carroceria cabriolet. Quatro meses depois, os carros estavam de volta à São Caetano (SP), onde eram finalizados. Assim nascia o que foi provavelmente o mais exclusivo carro brasileiro de sua época.

Uno Turbo i.e.
Posso jurar que lembro de cada um dos Uno Turbo existentes na minha cidade. Um preto, um vermelho, outro amarelo, todos com aqueles para-choques exagerados, saias laterais, spoiler traseiro e adesivos que identificavam sua sobrealimentação. O primeiro carro turbo de série no Brasil foi fabricado em quantidades ridículas – pouco mais de mil unidades entre 1994 e 1996 – e possuía uma habilidade quase sobrenatural para fazer curvas fechadas e andar no limite em altas rotações, enquando emitia aquele delicioso assovio anunciando sua passagem.

Gol (2ª geração)
Pressionada pela revolução do Corsa, a geração “bolinha” garantiu a competitividade do líder de vendas da Volks ao longo da década de 90. Apesar de não corrigir algumas características criticadas no projeto BX, como a posição de dirigir deslocada, o Gol de segunda geração suavizou as linhas totalmente quadradas do anterior, e deixou como legado o melhor desempenho de toda a sua história, materializado na forma do Gol GTI 16V, aquele com um diabólico ressalto no capô, capaz de ultrapassar os 200 km/h.

Tempra
O primeiro sedã médio da Fiat desembarcou no país em 1991. Frente aos já desatualizados Santana, Opala, Del Rey e companhia, ele exibia um ar de vanguarda européia, com linhas retas mas aerodinâmicas. Debaixo do capô, a coisa foi ainda melhor – quem não se lembra dos impactantes lançamento das pioneiras versões 16V e Turbo? Havia ainda a perua Tempra SW, com um dos maiores porta-malas já vistos por aqui.

Vectra GSi
A segunda geração do Vectra foi devidamente homenageada no post que deu origem a essa lista. Mas apesar da primeira geração ter durado pouco no país, houve ali uma pérola branca de alta qualidade: o Vectra GSi 2.0 com 16V e 150 cavalos, outro dos top de linha da GM com alma agressiva e conforto de sobra. Meu pai, dono de Karmann-Guia e Opala cupê antes dos filhos, namorou tanto esse esportivo familiar que acho que peguei um pouco da fixação. Dezessete anos atrás, em teste da Quatro Rodas, atingiu 207 km/h e cravou as melhores marcas registradas pela editora até então. Acho que tenho essa revista em casa ainda.

Corsa
Do dia para a noite, o Corsa Wind 1.0 com injeção eletrônica materializava uma diferença de dez anos para o Uno, quinze para o Gol e vinte e tantos em relação ao Chevette. Moderno de ponta a ponta, era vendido com ágio de até 50%, tamanha a procura. Logo viriam o GL, com motor 1.4, as bem-sucedidas versões quatro portas, sedã, perua e picape, e o último esportivo verdadeiro da marca no país, o GSi com 16 válvulas, injeção multiponto e duplo comando de válvulas no cabeçote.

Omega
O campeão absoluto de votos em nossa enquete. Provavelmente o melhor automóvel fabricado no Brasil no século 20 (é o que diz o mestre Bob Sharp, nesse artigo fundamental do Best Cars). Elegante, espaçoso, veloz, gostoso de dirigir, moderno e durável, exibia qualidades em cada detalhe. Sedã clássico de tração traseira e motor forte - primeiro um seis cilindros alemão de 3.0 litros, depois o antigo 4.1 reformado pela Lotus – ainda teria uma versão perua com o justificado nome Suprema. Durou de 1992 a 1998, quando passou a ser apenas um entre tantos importados, e deixou muitas saudades.
F J

S10
Incrível imaginar que, antes da S10, o sujeito que hoje compra Triton, Hilux, Ranger, Frontier e Amarok teria de se contentar com as bojudas D20 e F1000 se quisesse algo maior que uma reles picapezinha compacta. Bonita, moderna e tão atraente quanto um esportivo em 1995, deu origem à Blazer, outro best seller nacional, e continua vendendo bem, mas os tempos são outros, assim como a clientela atual – frotistas e órgãos governamentais.

Escort
A segunda geração do Escort no Brasil (quarta, na Europa) rejuvenesceu o modelo a quem substituiu, e aproveitou bastante a época da Autolatina para tomar emprestados os motores 1.8 e 2.0 da Volks. A versão XR3, além disso, manteve o charme da opção conversível, com carroceria assinada pela Karmann Guia. A mesma plataforma ganharia versões sedã e perua, e daria origem aos Logus e Pointer, duas vítimas do desastre corporativo que marcou o fim da parceria entre Ford e VW. No final da vida, ganhou uma duvidosa grade oval e o elogiável motor Zetec, orgulho da marca na virada do século.

Marea
Olhando em retrospectiva, a família Marea nunca teve sucesso nas vendas. Havia a desculpa de que o design da traseira do sedã era muito careta, o que motivou sua remodelagem, mas o fato é que o principal chamariz do carro – a performance do moderno motor de 5 cilindros e 20 válvulas, realçado ainda mais quando a Fiat aumentou o deslocamento de 2.0 para 2.4 litros – não foi suficiente para atrair um público que, na média, deixou de valorizar a esportividade. O final dos anos 90 marca, de fato, o fim da maioria das versões nervosas no mercado nacional. O Marea ainda hoje mantém um público fiel, e o Marea Weekend Turbo, com extraordinários 182 cavalos e um belo arranjo de lanternas nas colunas traseiras, é o tipo de carro que sempre vai encher de orgulho seus felizes proprietários.

Kadett GSi
No início de sua fabricação, em 1989, o Kadett brasileiro trouxe para a arena esportiva o GS, um rival à altura do Gol GTS. Mas para enfrentar o GTI, pioneiro na eletrônica, seria necessário o GSi, com injeção multiponto, freios a disco nas quatro rodas, ABS opcional e painel digital, algo totalmente high tech para a época. Uma parte ínfima dessa produção era enviada para o estúdio de Nuccio Bertone, na Itália, onde recebia uma apaixonante carroceria cabriolet. Quatro meses depois, os carros estavam de volta à São Caetano (SP), onde eram finalizados. Assim nascia o que foi provavelmente o mais exclusivo carro brasileiro de sua época.

Uno Turbo i.e.
Posso jurar que lembro de cada um dos Uno Turbo existentes na minha cidade. Um preto, um vermelho, outro amarelo, todos com aqueles para-choques exagerados, saias laterais, spoiler traseiro e adesivos que identificavam sua sobrealimentação. O primeiro carro turbo de série no Brasil foi fabricado em quantidades ridículas – pouco mais de mil unidades entre 1994 e 1996 – e possuía uma habilidade quase sobrenatural para fazer curvas fechadas e andar no limite em altas rotações, enquando emitia aquele delicioso assovio anunciando sua passagem.

Gol (2ª geração)
Pressionada pela revolução do Corsa, a geração “bolinha” garantiu a competitividade do líder de vendas da Volks ao longo da década de 90. Apesar de não corrigir algumas características criticadas no projeto BX, como a posição de dirigir deslocada, o Gol de segunda geração suavizou as linhas totalmente quadradas do anterior, e deixou como legado o melhor desempenho de toda a sua história, materializado na forma do Gol GTI 16V, aquele com um diabólico ressalto no capô, capaz de ultrapassar os 200 km/h.

Tempra
O primeiro sedã médio da Fiat desembarcou no país em 1991. Frente aos já desatualizados Santana, Opala, Del Rey e companhia, ele exibia um ar de vanguarda européia, com linhas retas mas aerodinâmicas. Debaixo do capô, a coisa foi ainda melhor – quem não se lembra dos impactantes lançamento das pioneiras versões 16V e Turbo? Havia ainda a perua Tempra SW, com um dos maiores porta-malas já vistos por aqui.

Vectra GSi
A segunda geração do Vectra foi devidamente homenageada no post que deu origem a essa lista. Mas apesar da primeira geração ter durado pouco no país, houve ali uma pérola branca de alta qualidade: o Vectra GSi 2.0 com 16V e 150 cavalos, outro dos top de linha da GM com alma agressiva e conforto de sobra. Meu pai, dono de Karmann-Guia e Opala cupê antes dos filhos, namorou tanto esse esportivo familiar que acho que peguei um pouco da fixação. Dezessete anos atrás, em teste da Quatro Rodas, atingiu 207 km/h e cravou as melhores marcas registradas pela editora até então. Acho que tenho essa revista em casa ainda.

Corsa
Do dia para a noite, o Corsa Wind 1.0 com injeção eletrônica materializava uma diferença de dez anos para o Uno, quinze para o Gol e vinte e tantos em relação ao Chevette. Moderno de ponta a ponta, era vendido com ágio de até 50%, tamanha a procura. Logo viriam o GL, com motor 1.4, as bem-sucedidas versões quatro portas, sedã, perua e picape, e o último esportivo verdadeiro da marca no país, o GSi com 16 válvulas, injeção multiponto e duplo comando de válvulas no cabeçote.

Omega
O campeão absoluto de votos em nossa enquete. Provavelmente o melhor automóvel fabricado no Brasil no século 20 (é o que diz o mestre Bob Sharp, nesse artigo fundamental do Best Cars). Elegante, espaçoso, veloz, gostoso de dirigir, moderno e durável, exibia qualidades em cada detalhe. Sedã clássico de tração traseira e motor forte - primeiro um seis cilindros alemão de 3.0 litros, depois o antigo 4.1 reformado pela Lotus – ainda teria uma versão perua com o justificado nome Suprema. Durou de 1992 a 1998, quando passou a ser apenas um entre tantos importados, e deixou muitas saudades.
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