SUSPENSÃO REBAIXADA: ENFIM LIBERADA!!!

Foi publicado dia (26/03/14), no Diário Oficial da União, que veículos leves poderão ter o sistema de suspensão alterado e regularizado.
E mais: diferente da resolução anterior, agora será permitido documentar carros com sistemas reguláveis, como ar e rosca.
Foto do Grupo de Debate: DETRAN, CESVI, ABAA, FullPower, RedCoil, Aliperti e Castor Suspensões.

Em reuniões feitas no segundo semestre de 2013 e início de 2014, um grupo de trabalho comandado pelo Sr. Harley Bueno, diretor executivo da Angis, e composto por membros da ABAA (Associação Brasileira de Acessórios Automotivos) sugeriu mudanças para alterar a resolução 292. As empresas envolvidas no grupo são Castor Suspensões, Aliperti, RedCoil e FULLPOWER, além de Cesvi e DETRAN-SP. As discussões envolveram materiais vindos de associações de todo o mundo, especialmente Estados Unidos e Europa (SEMA – Specialty Equipment Market Association e ETO – European Tuning Organization, por exemplo).
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) liberou modificar a suspensão dos carros, inclusive com a chamada suspensão regulável. Até então carros com esse sistema só poderiam rodar se ele viesse de fábrica.
A alteração, usada por quem pretende rebaixar o veículo, é um recurso comum do tuning, mas só era permitida com uso de suspensão fixa (alteração de molas e amortecedores). No entanto, em agosto passado, até isso havia sido revogado pelo Denatran, em caráter temporário.
Nesse intervalo, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) criou um grupo de trabalho para definir mais detalhes para a legalização, reunindo empresas do setor, entre outras entidades. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial com base na resolução número 479.
Veja o diz a resolução 479, no site do Diário Oficial: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=82&data=26/03/2014
O que é aceito agora
As novas regras liberam a alteração do carro tanto com suspensão fixa, que é a que costuma vir de fábrica, quanto com a regulável, que permite controlar a altura do veículo.
Porém, o Denatran estabeleceu uma altura mínima do carro em relação ao solo, de 10 centímetros. Ela é medida considerando a parte mais baixa do veículo. Além disso, o conjunto de rodas e pneus não poderá tocar em parte alguma do veículo no momento do esterçamento.
"É uma questão de segurança: se um veículo não consegue ser totalmente esterçado, numa curva, por exemplo, ou precisa entrar de lado para passar em uma lombada, tem que ser barrado", diz Harley Bueno, diretor da Associação Nacional de Organismos de Inspeção (Angis), que reúne empresas que vistoriam veículos modificados e diz que o rebaixamento de carros é a modificação mais comum vistoriada por essas empresas.
Bueno também fez parte do grupo que estudou o assunto junto ao Contran: "Até então não havia nem a determinação de altura mínima em relação ao solo.", lembra.
Para que serve a suspensão
O sistema de suspensão serve basicamente para absorver as irregularidades do solo, oferecendo estabilidade e preservando a estrutura do carro. Em geral, as montadoras adotam um ajuste que deixa o carro mais confortável, para não sacudir tanto os passageiros na buraqueira das ruas.
Quando rebaixado, o carro fica mais esportivo, transferindo mais as irregularidades do piso para quem está nele, ou seja, fica mais duro e menos confortável.
Tipos de suspensão
Há dois tipos de suspensão: fixa, mais comum, e regulável. A chamada regulável ou móvel pode ser de rosca (que é como a fixa, só que não travada) e a ar comprimido. Até então, era ilegal trocar a suspensão de fábrica por uma desse tipo.
Atualmente, alguns carros esportivos já saem de fábrica com suspensões reguláveis. A maioria permite que o motorista decida entre o conforto e a esportividade. Em alguns casos, o próprio carro ”faz” a escolha em função da velocidade e condições da pista, e alguns poucos modelos oferecem ajuste de altura, que são pré-determinadas.
Como regularizar
Assim como ocorre com qualquer modificação das características originais de um veículo aceita pela lei, a mudança na suspensão deve ser informada ao órgão de trânsito estadual (Detran), que irá autorizá-la.
Posteriormente, o carro deverá ser vistoriado por empresa de inspeção credenciada pelo Detran. "Será medida a altura em relação ao ponto mais baixo do veículo, e não mais em relação ao farol baixo, como antes", explica Bueno. Também passará a ser feito o teste de esterçamento.
A alteração também ficará registrada no documento do veículo, onde constará inclusive com a altura em relação ao solo.
Risco à segurança
O colunista do G1, Denis Marum, alerta que qualquer modificação deve ser feita por profissionais especializados e, ainda assim, requer cuidados. "Todos sabemos que os veículos originais de fábrica passam por diversos testes de durabilidade e desempenho. Equipamentos especialmente desenvolvidos para este fim identificam possíveis falhas de projeto e estabelecem os limites de fadiga de materiais e, mesmo assim, e com toda essa estrutura, os defeitos aparecem", lembra. "A situação fica mais delicada quando o projeto original é alterado, por isso é importante evitar altas velocidades. O estouro de um amortecedor ou quebra de uma mola pode colocá-lo em uma situação difícil se você estiver acima de 100 km/h."
Segundo Marum, existe uma consciência muito grande entre quem curte fazer modificações. "A maioria sabe que possui carros especiais e que este fato merece atenção redobrada em relação aos cuidados com manutenção preventiva. Assim, acabam sendo mais cuidadosos do que muitas pessoas que mantêm seus carros originais. Eles sabem que, a qualquer sinal de instabilidade ou ruído, deve-se encostar o carro e fazer um exame detalhado das peças envolvidas na personalização."
Caminhões
As novas regras do Denatran também contemplam veículos pesados. "Na verdade, a maior preocupação foi por causa dos caminhões", explica Bueno. Segundo ele, alguns veículos costumam circular com a traseira arrebitada. "O caminhoneiro rebaixa a dianteira e levanta a traseira."
Com essa mudança, em casos de acidente, lembra o diretor da Angis, carros pequenos que se chocasse com a traseira desses caminhões correm o risco de entrarem por baixo dos veículos. "E mesmo em carros de médio porte o pára-choque não aguenta e a traseira do caminhão se choca contra o peito do motorista".
O Denatran estipulou que, para caminhões, em qualquer condição de operação, o nivelamento da longarina não deve ultrapassar dois graus a partir de uma linha horizontal. E vetou alteração na suspensão dianteira, exceto para instalação do sistema de tração e para incluir ou excluir eixo auxiliar, direcional ou autodirecional.
CONCLUSÃO
1º- todos os carros modificados devem passar por vistorias e deverá constar no documento o tipo de modificação. Há despachantes especializados nisso para ajudar no processo.
2º- há uma altura mínima para rodar com o carro, independente do sistema utilizado, regulável ou não: 100 milímetros de vão livre em relação ao solo. Ou seja, na vistoria, o inspetor vai olhar embaixo do carro e a parte mais baixa da carroceria ou do chassi deverá ficar até 10 centímetros do chão e não menos do que isso.
3º- rodas e pneus não podem encostar em nenhuma parte da estrutura do veículo durante o esterçamento. Explicamos: rodas/pneus não podem tocar na longarina, por exemplo, tampouco nos paralamas. Caso isso ocorra, o carro será reprovado na vistoria.
Essas sugestões foram discutidas em reuniões da ABAA, envolvendo fabricantes e instaladores, e em conversas com diretores internacionais das associações citadas. Os modelos de vistoria e pontos para aprovação são baseados no que existe ao redor do mundo, nos países que permitem legalizar carros modificados e entendem que esse mercado é importante e movimenta a economia de cada país!
E mais: diferente da resolução anterior, agora será permitido documentar carros com sistemas reguláveis, como ar e rosca.
Foto do Grupo de Debate: DETRAN, CESVI, ABAA, FullPower, RedCoil, Aliperti e Castor Suspensões.

Em reuniões feitas no segundo semestre de 2013 e início de 2014, um grupo de trabalho comandado pelo Sr. Harley Bueno, diretor executivo da Angis, e composto por membros da ABAA (Associação Brasileira de Acessórios Automotivos) sugeriu mudanças para alterar a resolução 292. As empresas envolvidas no grupo são Castor Suspensões, Aliperti, RedCoil e FULLPOWER, além de Cesvi e DETRAN-SP. As discussões envolveram materiais vindos de associações de todo o mundo, especialmente Estados Unidos e Europa (SEMA – Specialty Equipment Market Association e ETO – European Tuning Organization, por exemplo).
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) liberou modificar a suspensão dos carros, inclusive com a chamada suspensão regulável. Até então carros com esse sistema só poderiam rodar se ele viesse de fábrica.
A alteração, usada por quem pretende rebaixar o veículo, é um recurso comum do tuning, mas só era permitida com uso de suspensão fixa (alteração de molas e amortecedores). No entanto, em agosto passado, até isso havia sido revogado pelo Denatran, em caráter temporário.
Nesse intervalo, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) criou um grupo de trabalho para definir mais detalhes para a legalização, reunindo empresas do setor, entre outras entidades. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial com base na resolução número 479.
Veja o diz a resolução 479, no site do Diário Oficial: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=82&data=26/03/2014
O que é aceito agora
As novas regras liberam a alteração do carro tanto com suspensão fixa, que é a que costuma vir de fábrica, quanto com a regulável, que permite controlar a altura do veículo.
Porém, o Denatran estabeleceu uma altura mínima do carro em relação ao solo, de 10 centímetros. Ela é medida considerando a parte mais baixa do veículo. Além disso, o conjunto de rodas e pneus não poderá tocar em parte alguma do veículo no momento do esterçamento.
"É uma questão de segurança: se um veículo não consegue ser totalmente esterçado, numa curva, por exemplo, ou precisa entrar de lado para passar em uma lombada, tem que ser barrado", diz Harley Bueno, diretor da Associação Nacional de Organismos de Inspeção (Angis), que reúne empresas que vistoriam veículos modificados e diz que o rebaixamento de carros é a modificação mais comum vistoriada por essas empresas.
Bueno também fez parte do grupo que estudou o assunto junto ao Contran: "Até então não havia nem a determinação de altura mínima em relação ao solo.", lembra.
Para que serve a suspensão
O sistema de suspensão serve basicamente para absorver as irregularidades do solo, oferecendo estabilidade e preservando a estrutura do carro. Em geral, as montadoras adotam um ajuste que deixa o carro mais confortável, para não sacudir tanto os passageiros na buraqueira das ruas.
Quando rebaixado, o carro fica mais esportivo, transferindo mais as irregularidades do piso para quem está nele, ou seja, fica mais duro e menos confortável.
Tipos de suspensão
Há dois tipos de suspensão: fixa, mais comum, e regulável. A chamada regulável ou móvel pode ser de rosca (que é como a fixa, só que não travada) e a ar comprimido. Até então, era ilegal trocar a suspensão de fábrica por uma desse tipo.
Atualmente, alguns carros esportivos já saem de fábrica com suspensões reguláveis. A maioria permite que o motorista decida entre o conforto e a esportividade. Em alguns casos, o próprio carro ”faz” a escolha em função da velocidade e condições da pista, e alguns poucos modelos oferecem ajuste de altura, que são pré-determinadas.
Como regularizar
Assim como ocorre com qualquer modificação das características originais de um veículo aceita pela lei, a mudança na suspensão deve ser informada ao órgão de trânsito estadual (Detran), que irá autorizá-la.
Posteriormente, o carro deverá ser vistoriado por empresa de inspeção credenciada pelo Detran. "Será medida a altura em relação ao ponto mais baixo do veículo, e não mais em relação ao farol baixo, como antes", explica Bueno. Também passará a ser feito o teste de esterçamento.
A alteração também ficará registrada no documento do veículo, onde constará inclusive com a altura em relação ao solo.
Risco à segurança
O colunista do G1, Denis Marum, alerta que qualquer modificação deve ser feita por profissionais especializados e, ainda assim, requer cuidados. "Todos sabemos que os veículos originais de fábrica passam por diversos testes de durabilidade e desempenho. Equipamentos especialmente desenvolvidos para este fim identificam possíveis falhas de projeto e estabelecem os limites de fadiga de materiais e, mesmo assim, e com toda essa estrutura, os defeitos aparecem", lembra. "A situação fica mais delicada quando o projeto original é alterado, por isso é importante evitar altas velocidades. O estouro de um amortecedor ou quebra de uma mola pode colocá-lo em uma situação difícil se você estiver acima de 100 km/h."
Segundo Marum, existe uma consciência muito grande entre quem curte fazer modificações. "A maioria sabe que possui carros especiais e que este fato merece atenção redobrada em relação aos cuidados com manutenção preventiva. Assim, acabam sendo mais cuidadosos do que muitas pessoas que mantêm seus carros originais. Eles sabem que, a qualquer sinal de instabilidade ou ruído, deve-se encostar o carro e fazer um exame detalhado das peças envolvidas na personalização."
Caminhões
As novas regras do Denatran também contemplam veículos pesados. "Na verdade, a maior preocupação foi por causa dos caminhões", explica Bueno. Segundo ele, alguns veículos costumam circular com a traseira arrebitada. "O caminhoneiro rebaixa a dianteira e levanta a traseira."
Com essa mudança, em casos de acidente, lembra o diretor da Angis, carros pequenos que se chocasse com a traseira desses caminhões correm o risco de entrarem por baixo dos veículos. "E mesmo em carros de médio porte o pára-choque não aguenta e a traseira do caminhão se choca contra o peito do motorista".
O Denatran estipulou que, para caminhões, em qualquer condição de operação, o nivelamento da longarina não deve ultrapassar dois graus a partir de uma linha horizontal. E vetou alteração na suspensão dianteira, exceto para instalação do sistema de tração e para incluir ou excluir eixo auxiliar, direcional ou autodirecional.
CONCLUSÃO
1º- todos os carros modificados devem passar por vistorias e deverá constar no documento o tipo de modificação. Há despachantes especializados nisso para ajudar no processo.
2º- há uma altura mínima para rodar com o carro, independente do sistema utilizado, regulável ou não: 100 milímetros de vão livre em relação ao solo. Ou seja, na vistoria, o inspetor vai olhar embaixo do carro e a parte mais baixa da carroceria ou do chassi deverá ficar até 10 centímetros do chão e não menos do que isso.
3º- rodas e pneus não podem encostar em nenhuma parte da estrutura do veículo durante o esterçamento. Explicamos: rodas/pneus não podem tocar na longarina, por exemplo, tampouco nos paralamas. Caso isso ocorra, o carro será reprovado na vistoria.
Essas sugestões foram discutidas em reuniões da ABAA, envolvendo fabricantes e instaladores, e em conversas com diretores internacionais das associações citadas. Os modelos de vistoria e pontos para aprovação são baseados no que existe ao redor do mundo, nos países que permitem legalizar carros modificados e entendem que esse mercado é importante e movimenta a economia de cada país!