[TIRA DÚVIDAS]A vantagem do óleo para motor flex.

[rodrigodk]

*** Deve ajudar muita gente... ***



Números, letras, mineral, sintético, viscosidade, pacote de aditivos... Quando o assunto é lubrificante, fique atento. Cada motor pede um tipo de óleo, feito para manter tudo funcionando da melhor maneira possível. Por isso é importante consultar sempre o manual do proprietário do seu carro, pois lá estão citadas as especificações do fluido e o período de troca – por quilometragem, tempo ou ambos, o que inclui o filtro de óleo.

Mas alguns fabricantes trouxeram mais uma novidade para o consumidor. São os lubrificantes específicos para motores flex. Castrol e Mobil inauguraram esse novo nicho de mercado. A principal diferença desse tipo de óleo para os tradicionais está no poder de dispersão da água, contida nos combustíveis.

“Um dos produtos da queima do combustível é, além dos gases, a água, principalmente no caso do álcool. O líquido, em contato com o lubrificante, tende a reagir com seus aditivos, inibindo o desempenho do produto. Além disso, a água acelera o processo de oxidação do óleo, formando borras dentro do motor. Outro fator considerável é que o álcool oxida algumas impurezas existentes nas cargas da gasolina, o que também gera resíduos e borras no propulsor.”, explica Haydeu Queiroz, diretor técnico da Castrol.

De acordo com o especialista, o motor flex é mais crítico que os motores convencionais nestes aspectos, justamente porque seu lubrificante está mais sujeito a contaminações internas (borras), que podem diminuir a durabilidade de pistões e outras peças, além de prejudicar o desempenho.



“O lubrificante sintético Castrol GTX Ecoflex SAE 15W-40 foi especialmente desenvolvido para uso em motores flex. A diferença é que sua fórmula contém uma aditivação ultradispersante, que atua de forma seletiva e eficaz sobre estes contaminantes. Como resultado, o motor fica limpo, protegido por mais tempo”, explica Queiroz, que afirma ainda, baseado em testes, que a utilização desse óleo proporciona economia de até 2% de combustível em relação a lubrificantes de especificação SAE 20W-50.

A preocupação com a contaminação também foi levada em conta pela Mobil. “O lubrificante Mobil Super Flex SAE 10W-40, por ser um produto semi-sintético, com classe de serviço API SM, a mais avançada do mercado, oferece alta resistência a oxidação e degradação. O óleo mantém suas propriedades e a efetiva proteção ao motor por longo tempo. Sua elevada estabilidade química permite reduzir a formação de borras e depósitos, mesmo sob altas temperaturas”, explica Celso Cavallini, coordenador de relações com fabricantes da Mobil.


De olho no manual do proprietário
Antes de optar por um deles, caso seu carro tenha motor flex, verifique no manual do proprietário se as especificações de cada um estão de acordo com o que determina o fabricante do seu veículo. Lembre-se que o livreto traz todas as informações necessárias sobre troca de óleo, indicando, inclusive, um tempo de troca diferenciado para quem utiliza seu possante em regime de trabalho severo, além de vários outros pontos importantes.



“O manual informa, por exemplo, qual o tipo de viscosidade (SAE) e o pacote de aditivos (API) realmente adequados para o motor em questão. Por isso é muito importante respeitar suas indicações”, explica o engenheiro Arley Barbosa da Silva, supervisor técnico do Depto. Técnico de Engenharia e Lubrificação da Bardahl.
Reprodução

Falando nisso, ele explica que a classificação SAE (Society of Automotive Engineers) determina a viscosidade do lubrificante. Ela é composta por um ou dois números (no caso de óleos multiviscosos) separados pela letra “W” (do inglês winter, inverno). No exemplo SAE 5W-30, 5W refere-se ao comportamento da viscosidade do óleo em baixa temperatura e 30, ao comportamento em alta temperatura.

Já a classificação API (American Petroleum Institute) especifica o desempenho que um óleo deve ter para atender a uma determinada classificação de serviço. Essa classificação é simbolizada pelas letras S (para motores a gasolina, álcool, flex e GNV) e C (para motores a diesel e biodiesel), acompanhadas pela sequência crescente das letras do alfabeto, conforme a evolução do desempenho dos óleos e dos motores, cada vez mais exigentes.

As diferenças não param aí. Para alguns modelos, o manual recomenda o uso de lubrificantes minerais. Para outros, só servem os sintéticos. “Lubrificantes minerais são fabricados com óleos básicos, obtidos do processo de extração do petróleo. Os sintéticos são obtidos através de processos químicos e confeccionados praticamente sob medida, uma vez que os processos são controlados. Há ainda lubrificantes semissintéticos que, em geral, utilizam óleos básicos minerais e óleos sintéticos em sua formulação”, explica o químico Sérgio Ambrus.

Ele lembra que os lubrificantes minerais são, em geral, mais baratos. Porém, os sintéticos, por apresentarem propriedades físico-químicas superiores (mais resistentes à oxidação), podem, de uma maneira geral, resistir mais tempo ao uso – motores modernos pedem esse tipo de lubrificante.

Silva lembra também que não é errado usar um lubrificante de última geração (sintético ou semissintético) em um motor antigo, mas o contrário pode ser prejudicial. Portanto, fique de olho no tipo de óleo adequado.

F AE

[Lcpuff]

Eu estou usando óleo de fígado de bacalhau, no meu 1.4, está dando uma combustão excelente e deixando tudo bem limpo.

[shadowcps]

Essa contaminação acontece principalmente, com os carros que rodam somente em cidade e em trajetos curtos, com álcool. O motor não atinge a temperatura ideal e necessária para evaporar a água contida no álcool e que acaba indo para o cárter, misturando-se ao óleo. Foi essa a causa dos problemas recentes com os motores 1.0 da VW: eles aumentaram o prazo de troca do óleo mas esqueceram de considerar o uso em trajetos curtos.