OPINIÃO DO BRAVO, DE UM EX-DONO DE PUNTO.

Galera, dando umas sapiadas na autoesporte, já faz algum tempo que acompanho o teste Quarentena do Bravo no site Autoesporte. Estou vendo vários pontos positivos e negativos, porém achei interessante o último texto lançado pelo teste. Segue abaixo:
Mineiro de Betim (MG), nosso Bravo Absolute ainda não conhecia a praia. Pois nesse fim de semana foi a vez de matar a curiosidade dele (de ver o mar) e a minha (de ver como ele se sairia na viagem). Para começo de conversa, abriguei facilmente a bagagem de três pessoas no porta-malas. De acordo com nossas medições, o compartimento oferece 356 litros (contra 400 l divulgados pela Fiat), uma boa medida para a categoria – um Hyundai i30 leva 300 litros. A única coisa ruim é que há um desnível grande entre a base do porta-malas e o para-choque, o que pode dificultar a entrada e saída de cargas mais pesadas.

Parei no posto e enchi o tanque de etanol. Já havia testado o Bravo para a revista e sabia que ele gosta de beber. Enquanto a estrada não chegava, confirmei as impressões deixadas pelo primeiro Bravo que andei: essas rodas aro 17 com pneus 215/45 deixam o rodar bastante áspero, embora ajudem nas curvas. A posição de dirigir é boa, e quem viaja na frente viaja com conforto. Atrás, nem tanto. Os mais altos terão problemas com as pernas esbarrando no banco da frente e a cabeça raspando no teto.

Ao contrário de outros que já comentaram aqui, não acho que falta força ao E.torQ 1.8 16V abaixo de 2.000 rpm – o 2.0 16V que tenho em casa é pior nesse aspecto. O que acontece é que a maior oferta de torque surge a partir de 2.500 rpm (quando 93% dos 18,9 kgfm estão a postos). Senti o Bravo bem disposto em todas as situações da viagem: acelerações, retomadas para ultrapassagens… Se não chega a ser tão bravo assim (o 0 a 100 km/h em nosso teste levou 11,9 segundos), o hatch médio de 132 cv também não vai deixar ninguém reclamando de desempenho. O que senti falta foi de uma 6a marcha. Como a Fiat encurtou a relação de diferencial se comparado ao Stilo, o Bravo aponta 3.500 rpm a 120 km/h em 5a marcha. E o barulho do motor passa a incomodar com o tempo…
Viajei bem na manha, de olho no consumo. Na chegada a Juquehy, a cerca de 150 km da capital paulista, o computador de bordo marcava 9,1 km/l de etanol. Achei razoável. Nas andanças pelo litoral, porém, senti saudades do Stilo. Explico: o teto-solar Sky-window do Stilo abria uma janela para o céu bem maior que esse Skydome do Bravo. No restante, o Bravo é muito melhor. Como a direção elétrica ganhou peso e a suspensão é mais firme, o novo hatch transmite bem mais segurança ao motorista.
No quesito detalhes, gostei dos faróis de neblina que acendem para o lado correspondente ao que você vira o volante – ajuda bastante em manobras no escuro. Já o tecido dos bancos não passou no teste: acumula muita poeira e parece desgastado em pouco tempo.
Hora da volta. Com mais trânsito e a subida pela frente, eu já esperava um consumo maior: 8,2 km/l, também com etanol. O que eu não esperava é que surgisse um grilo na parte esquerda do painel, que veio fazendo cri-cri a viagem inteira. O acabamento é um dos pontos fortes do Bravo, mas começar com barulhinhos irritantes com pouco mais de 3 mil km não é bom sinal.
No fim, saí satisfeito. Quem já teve um Punto, como eu, vai gostar do Bravo. Só não compraria essa versão Absolute, que acho cara. Levaria a Essence básica, pagando apenas pelo ABS opcional. Se fosse para gastar mais de R$ 60 mil nesse carro, juntaria mais um pouco e ficaria com o T-Jet de uma vez.
Daniel Messeder
Fonte: Autoesporte
Mineiro de Betim (MG), nosso Bravo Absolute ainda não conhecia a praia. Pois nesse fim de semana foi a vez de matar a curiosidade dele (de ver o mar) e a minha (de ver como ele se sairia na viagem). Para começo de conversa, abriguei facilmente a bagagem de três pessoas no porta-malas. De acordo com nossas medições, o compartimento oferece 356 litros (contra 400 l divulgados pela Fiat), uma boa medida para a categoria – um Hyundai i30 leva 300 litros. A única coisa ruim é que há um desnível grande entre a base do porta-malas e o para-choque, o que pode dificultar a entrada e saída de cargas mais pesadas.

Parei no posto e enchi o tanque de etanol. Já havia testado o Bravo para a revista e sabia que ele gosta de beber. Enquanto a estrada não chegava, confirmei as impressões deixadas pelo primeiro Bravo que andei: essas rodas aro 17 com pneus 215/45 deixam o rodar bastante áspero, embora ajudem nas curvas. A posição de dirigir é boa, e quem viaja na frente viaja com conforto. Atrás, nem tanto. Os mais altos terão problemas com as pernas esbarrando no banco da frente e a cabeça raspando no teto.

Ao contrário de outros que já comentaram aqui, não acho que falta força ao E.torQ 1.8 16V abaixo de 2.000 rpm – o 2.0 16V que tenho em casa é pior nesse aspecto. O que acontece é que a maior oferta de torque surge a partir de 2.500 rpm (quando 93% dos 18,9 kgfm estão a postos). Senti o Bravo bem disposto em todas as situações da viagem: acelerações, retomadas para ultrapassagens… Se não chega a ser tão bravo assim (o 0 a 100 km/h em nosso teste levou 11,9 segundos), o hatch médio de 132 cv também não vai deixar ninguém reclamando de desempenho. O que senti falta foi de uma 6a marcha. Como a Fiat encurtou a relação de diferencial se comparado ao Stilo, o Bravo aponta 3.500 rpm a 120 km/h em 5a marcha. E o barulho do motor passa a incomodar com o tempo…
Viajei bem na manha, de olho no consumo. Na chegada a Juquehy, a cerca de 150 km da capital paulista, o computador de bordo marcava 9,1 km/l de etanol. Achei razoável. Nas andanças pelo litoral, porém, senti saudades do Stilo. Explico: o teto-solar Sky-window do Stilo abria uma janela para o céu bem maior que esse Skydome do Bravo. No restante, o Bravo é muito melhor. Como a direção elétrica ganhou peso e a suspensão é mais firme, o novo hatch transmite bem mais segurança ao motorista.
No quesito detalhes, gostei dos faróis de neblina que acendem para o lado correspondente ao que você vira o volante – ajuda bastante em manobras no escuro. Já o tecido dos bancos não passou no teste: acumula muita poeira e parece desgastado em pouco tempo.
Hora da volta. Com mais trânsito e a subida pela frente, eu já esperava um consumo maior: 8,2 km/l, também com etanol. O que eu não esperava é que surgisse um grilo na parte esquerda do painel, que veio fazendo cri-cri a viagem inteira. O acabamento é um dos pontos fortes do Bravo, mas começar com barulhinhos irritantes com pouco mais de 3 mil km não é bom sinal.
No fim, saí satisfeito. Quem já teve um Punto, como eu, vai gostar do Bravo. Só não compraria essa versão Absolute, que acho cara. Levaria a Essence básica, pagando apenas pelo ABS opcional. Se fosse para gastar mais de R$ 60 mil nesse carro, juntaria mais um pouco e ficaria com o T-Jet de uma vez.
Daniel Messeder
Fonte: Autoesporte