A GUERRA DO PEDÁGIO ELETRÔNICO

Assuntos não relacionados às demais seções do fórum... Piadas, Videos, Fotos, etc...

A GUERRA DO PEDÁGIO ELETRÔNICO

por ADILSONRE » Qua Set 11, 2013 4:18 pm

A guerra do pedágio eletrônico
Brasil Econômico Daniel Carmona ([email protected]) e Moacir Drska ([email protected]) 11/09/13 11:42

Com o fim do monopólio, empresas apostam alto na oferta das tags de cobrança automática

A quebra do monopólio dos pedágios abriu a cancela do cobiçado negócio das tags de cobrança automática. Do mercado que durante 13 anos se resumiu ao Sem Parar/Via Fácil, a estruturação de concorrentes já deixaria o jogo mais favorável para o motorista.

Para empresas, um mar de oportunidade, já que cerca de 85% dos 30 milhões de usuários que, somente no Sudeste, ainda optam pelas filas das cabines de cobrança manual. Não por acaso, o setor atraiu Ipiranga, Raízen/Shell e, muito em breve, deve contar com Petrobras e Ale. Um tabuleiro armado entre gigantes do setor de infraestrutura, com a força das empresas do ramo de energia, em que é preciso nascer grande para buscar fôlego junto ao consumidor.

No primeiro semestre do ano passado, quando a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) determinou a abertura de mercado, a TransPort, braço de infraestrutura e logística da Odebrecht, viu uma boa janela de oportunidades. Mas ainda faltava um parceiro para compartilhar os riscos do ingresso no segmento dos chips para veículos e oferecer a capilaridade necessária para difusão. Da parceria com a rede Ipiranga, surgiu a ConectCar, projeto que foi homologado pela Artesp em abril último. Três meses antes, a DB Trans, empresa que atua nas praças de pedágio do Rio de Janeiro já havia inaugurado o modelo concorrencial paulista.

"As pesquisas de mercado apontaram para um público que não estava sendo atendido pelo mercado. A gente precisava oferecer essa solução. Não adiantava ofertar o mesmo modelo do Sem Parar", explica João Cumerlato, diretor superintendente da ConectCar. Integrado com produtos e rede de benefícios da Ipiranga (KM de Vantagens), a ConectCar é uma tag pré-paga. Para cada recarga, o usuário paga uma taxa, que parte de 10% sobre o valor do crédito inserido, com redução progressiva. "A mensalidade cobrada no sistema tradicional funciona bem para quem usa muito, mas o cara que gasta R$ 50 por mês de pedágio, que usa as estradas só nos finais de semana, vai gastar mais R$ 16 para manter o serviço. Com o ConectCar você ele paga R$ 3,50 (para uma recarga de R$ 50)".

Com 19 concessionárias responsáveis pelas rodovias estaduais e outras quatro nos trechos federais, São Paulo representa 50% desse mercado. O restante é composto, basicamente, por concessionárias no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia. Seja da DB Trans ou da ConectCar, o novo sistema de tags das duas companhias estão autorizados a funcionar nas estradas estaduais paulistas. Já nas concessões federais pedagiadas (Fernão Dias, Régis Bittencourt e Dutra), a homologação de concorrentes dependente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e deve ser liberada até o fim do ano. Nos trechos na Bahia, por exemplo, a ANTT já autorizou novas empresas na operação das catracas automáticas.

Desde a privatização das estradas paulistas nos anos 90, somada às concessões das rodovias federais, o sistema Sem Parar/Via Fácil consolidou-se quase que como único player do mercado. Da STP, formado pelas empresas CCR, CCBR, Ecorodovias, GSMP e OHL, a tag está presente em 3,9 milhões de veículos hoje, ou seja, cerca de 15% do mercado de veículos que trafegam em rodovias pedagiadas do Brasil.

No início de agosto, no entanto, a Raízen, joint venture entre Shell e a Cosan, anunciou o investimento de R$ 250 milhões para aquisição de 10% da controladora do Sem Parar. Segundo Leonardo Linden, vice-presidente de marketing da Raízen, o objetivo era aproximar a Shell dos clientes da STP. Uma resposta clara para o mercado após a dobradinha Ipiranga com o ConectCar. A rede Shell conta com cerca de 5 mil postos de combustível. A Ipiranga tem 6,5 mil, mas somente mil estão credenciados no novo sistema hoje.

Uma quarta empresa espera receber a autorização do governo estadual para operar em São Paulo até o próximo mês. Pertencente à Dux Participações, holding controlada pela Compsis (com expertise de automação das catracas de pedágio) e Vertis (que conta com acionistas da família Bertin), a Move Mais também tem ambição em conquistar sua fatia no pelo bolo, mas precisa fechar o contrato com a noiva. "As distribuidoras estão entendendo que o mercado é importante. O que está acontecendo é a avaliação de qual a melhor forma de entrar. Eu não vou negar que quero ter o maior parceiro. Quanto maior, melhor. Para nós e para eles também", resume Itamar Junior, diretor de Marketing e Vendas da Move Mais.

Há três meses, as tratativas com a Petrobras foram iniciadas. Explorar a rede de postos e serviços pode significar a diferença entre homens e meninos nesse segmento. "Por mais que a gente entre no mercado, que é o que deve acontecer, a expectativa é buscar essa diferença até o fim do ano", acrescenta Junior. Em paralelo, a empresa também avalia a possibilidade de fechar um acordo com a Ale, quarta maior distribuidora do país, caso o sonho com a estatal não se concretize.

A Move Mais, no entanto, está disposta a aguardar até o fim e apostar sua última ficha antes de partir para o plano B. A Petrobras não se pronunciou oficialmente, mas fontes ligadas a empresa confirmam que negociações estão em andamento. O ritmo é um pouco mais lento em relação às concorrentes de capital privado justamente pelo fato da Petrobras ser uma companhia de capital misto. "Isso deixa tudo muito mais complexo", disse um interlocutor.

"Não vou ser hipócrita. Para mim não é bom (a entrada da Petrobras), mas para o usuário será excelente se isso acontecer. O desafio de todos vai ser de continuar buscando a diferenciação", diz João Cumerlato, que ainda pondera que, da mesma maneira como a Move Mais busca um parceiro expressivo, a DB Trans também faz o mesmo caminho. "É a lógica".

Para todos os novos players, além dos pedágios, a oferta de serviços também é meta. A conectividade de sistemas com as catracas de shoppings (como acontece com o Sem Parar) é um requisito básico. E outras novidades estão por vir, garantem eles.

Abertura do mercado se estende aos fornecedores de tecnologias

A abertura do mercado de cobrança automática de pedágios não está restrita aos prestadores de serviços. A quebra do monopólio também trouxe reflexos no campo dos fornecedores da infraestrutura tecnológica para esse modelo, que inclui recursos como as tags instaladas nos veículos, e os leitores e antenas implantadas nas praças de pedágio. Até então, a norueguesa Q-Free, fornecedora do Sem Parar/Via Fácil, era a única empresa a atuar nesse segmento.

Com a mudança de padrão tecnológico de 8,5 GHz para 915 MHz, estabelecida pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), duas empresas foram homologadas até o momento para fornecer essa infraestrutura: a americana Intermec e a BRid, companhia brasileira que concentra investimentos do Grupo Bertin e da Compsis. As duas companhias já desenvolviam tags na frequência de 915 MHz, como parte da perspectiva de atendimento ao Siniav (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos), projeto do governo federal.

Um dos pontos positivos do novo padrão tecnológico é a melhoria em termos de segurança das aplicações. O uso de chaves e recursos de criptografia reduz as possibilidades de clonagem e fraudes relaciondas às tags.

Além dessa questão, a alteração do padrão tecnológico traz um componente importante para o desenvolvimento dos serviços de cobrança automática: o preço mais acessível da tecnologia, na comparação com o padrão adotado anteriormente. "A tag de 915 MHz custa, em média, 40% menos do que no padrão anterior. Os leitores e a antena seguem esse mesmo índice", explica Ricardo Moreira, gerente de operações da BRid. "Isso facilita o ganho de escala e abre caminho para que esses serviços sejam estendidos para outras aplicações, como redes de estacionamentos e postos de combustíveis, como já começa a acontecer", observa. A expectativa da BRid é produzir entre 500 mil e 1 milhão de tags até 2014.

Fornecedora de tecnologias para ConectCar, Sem Parar e DBTrans, a americana Intermec enxerga boas perspectivas com as recentes movimentações do mercado. A empresa investiu US$ 2 milhões nos últimos dois anos para desenvolver a tecnologia usada em suas tags e os softwares embarcados nos leitores. Essas duas soluções já são aplicadas em projetos de logística. A companhia produz as tags em sua fábrica instalada em Itajubá (MG). "Com o aquecimento da competição, esperamos produzir um volume de 2 milhões de tags anualmente em 2014. Para esse ano, a expectativa é fechar com 1 milhão de unidades", diz Luiz Eng, diretor de vendas da Intermec no Brasil.

Sob a perspectiva de extensão da aplicação a outros serviços, a Intermec também vai lançar uma versão de seus leitores desenvolvida totalmente no Brasil. Hoje, os equipamentos que atendem ao mercado local são importados.

NÚMEROS

US$2 milhões: Foi o valor que a Intermec destinou para criar sua tecnologia de tags e softwares instalados em leitores

40%: É a redução, em média, do custo das tecnologias usadas no padrão de 915MHz, na comparação com o padrão anterior, segundo a BRid

http://brasileconomico.ig.com.br/notici ... 35732.html



INFELIZMENTE A OFERTA AINDA É POUCO.
EM RECENTE VIAGEM PARA O ESTADO DO PARANÁ, SAINDO DE SÃO PAULO, TIVE QUE OPTAR PELO SEM PARAR, POIS NÃO EXISTE COBERTURA COMPLETA DOS CONCORRENTES PARA TODAS AS PRAÇAS.
ImagemImagemImagemImagemImagem
_______________________________________________________________________
"Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei." - Salmos 91:2
Avatar do usuário
Coordenador Regional
Coordenador Regional
 
Mensagens: 1254
Registrado em: Qua Abr 17, 2013 12:28 pm
Localização: Guarulhos/SP.

Re: A GUERRA DO PEDÁGIO ELETRÔNICO

por Alerey » Qua Set 11, 2013 8:03 pm

E o preço da mensalidade é sempre o mesmo....
Piloto de Autorama
Piloto de Autorama
 
Mensagens: 192
Registrado em: Seg Mai 27, 2013 9:02 am
Localização: São Paulo

Re: A GUERRA DO PEDÁGIO ELETRÔNICO

por shadowcps » Qui Set 12, 2013 8:47 am

E é pela cobrança dessa mensalidade, sem qualquer benefício além de evitar fila porém, arriscando a ser atropelado por um veículo maior por falha no sistema que não abre a cancela, é que continuarei a pagar com muitas moedas de 5 centavos os roubágios da vida. dessa máfia não participarei. :twisted:
ImagemImagemImagemImagem ImagemImagemImagem

YETI ! Um bom companheiro. Deixa saudades. Freddie Mercury at home !
Moderador
Moderador
 
Mensagens: 13543
Registrado em: Sáb Jun 20, 2009 6:44 pm
Localização: Paulinia/SP

Re: A GUERRA DO PEDÁGIO ELETRÔNICO

por ADILSONRE » Qui Set 12, 2013 9:37 am

É, vou cancelar o meu!
Apesar de ainda ser o maior sistema funcionando, a mensalidade do Sem Parar quebra a gente. Além disso, já recebi um aviso que haverá o ajuste anual para o próximo mês.
O esquema é fazer igual o shadowcps, deixar um monte de moedas separadas! :-D
ImagemImagemImagemImagemImagem
_______________________________________________________________________
"Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei." - Salmos 91:2
Avatar do usuário
Coordenador Regional
Coordenador Regional
 
Mensagens: 1254
Registrado em: Qua Abr 17, 2013 12:28 pm
Localização: Guarulhos/SP.

Re: A GUERRA DO PEDÁGIO ELETRÔNICO

por shadowcps » Qui Set 12, 2013 10:15 am

e de quebra, na hora de passá-las para a "moça", deixar cair uma ou duas dizendo, com cara de piedade : "OOOps, desculpe" :twisted: :twisted: :twisted:
ImagemImagemImagemImagem ImagemImagemImagem

YETI ! Um bom companheiro. Deixa saudades. Freddie Mercury at home !
Moderador
Moderador
 
Mensagens: 13543
Registrado em: Sáb Jun 20, 2009 6:44 pm
Localização: Paulinia/SP

Re: A GUERRA DO PEDÁGIO ELETRÔNICO

por Metys » Qui Set 12, 2013 10:39 am

Oq eu penso sobre pedágio

- é melhor pagar por algo "seguro & conservado" do que deixar na mão do governo, porém acho que deveria existir um "desconto" no IPVA pra quem usa muito pedágio. Mais aqui é Brasil neh.

Oq realmente nos motoristas deveríamos nos unir pra combater é máfia dos radares, que nada mais é uma indústria de dinheiro que muitas vezes tem o objetivo de sacanear o motorista e não "prevenir imprudências"....

Pra quem tem smartphones, existes aplicativos que avisam sobre radares (WAZE, Radardroid etc).... ou mesmo os GPS's da vida..... Eu penso que se todos se tomassem cuidado e não tomar multas, não faria sentido a manutenção dos radares que custam dinheiro, e no final alguém sabe quem paga pela manutenção? pois é... nós mesmos.
Avatar do usuário
Piloto de Autorama
Piloto de Autorama
 
Mensagens: 168
Registrado em: Sáb Mai 25, 2013 11:19 am
Localização: Osasco


Quem está online
Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 7 visitantes
cron