Autodefesa - PuntoClube

[celowfx]

Amigos do Fórum, boa noite.

De início, esclareço que esta é uma postagem simultânea, que será publicada tanto no Clube do Bravo quanto no PuntoClube, tendo em vista o interesse que pode ser de todos nós.

Não raras as situações em que me deparo com relato de amigos, colegas e outros membros dos fóruns, comentando sobre defeitos, grandes ou pequenos, nos carros adquiridos (não exclusivamente os da Fiat).

Infelizmente, a nossa realidade é triste: pagamos caro por produtos que, na maioria das vezes, não atendem todas as nossas expectativas com relação à qualidade e confiabilidade. E isso não é diferente quando se compra um carro novo, seja ele zero quilômetro, seja ele seminovo.

Todos os produtos (principalmente os que são produzidos em massa) que são comercializados estão sujeitos a ter problemas, vícios e outros defeitos que os tornem impróprios ao uso. Sei que, neste momento, muitos de vocês vão se identificar com o que quero dizer. Não raras as situações em que um colega do clube aparece para reclamar de um defeito crônico ou de acabamento no seu carro zero e como ele é tratado MUITO MAL pelo departamento de pós-venda das concessionárias.

A maioria dos consumidores, quando no seu mais adequado bom senso, procura resolver os problemas que encontram nos seus veículos diretamente com a concessionária (seja pelas peças originais, seja para se manter a garantia), independentemente da gravidade do problema. E, também, a maioria costuma receber a mesma resposta: “isso não é um problema, é característica do modelo”.

O propósito deste texto é, justamente, alertar todos vocês, colegas de volante, para que NÃO SE TORNEM SUBMISSOS À CONVERSA FIADA QUE TENTAM PASSAR EM VOCÊS PELOS FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS.

O ordenamento jurídico brasileiro GARANTE aos consumidores o DIREITO de ter os problemas sanados pelo fornecedor de bens ou serviços (Art. 18 do Código de Defesa do Consumidor). Principalmente nos casos mais graves, onde se evidencia um defeito oculto no carro, que surge depois de vencido o prazo de garantia, normalmente grave, que torna o veículo imprestável ao uso para qual se destina ou lhe diminui, substancialmente, o valor, as concessionárias e fábricas não podem se eximir da responsabilidade de reparar os defeitos, problemas e vícios ocultos que existam em seus produtos.

Não tenham a mentalidade de que “é exagero” ou “isso não vale a pena” porque VALE A PENA SIM.

Mas aí vocês podem me questionar: “Tudo bem, mas isso costuma demorar. O que eu faço?”. Nós devemos ser adeptos da filosofia antiga, praticada por nossos pais e avós. Se algo está funcionando mal, devemos consertar. E, normalmente, o exercício de se reparar um defeito é uma verdadeira prova de paciência. E, nesse caso, não é diferente.

É óbvio que cada caso vai ter as suas particularidades e circunstâncias, mas isso não muda a essência da obrigação do fornecedor de serviços responder pelos problemas, defeitos, mau funcionamento, vícios, etc, que o seu produto apresentar. E os carros, meus amigos, têm tudo isso aí de sobra.

Se cada um de nós souber por onde caminhar e quais as medidas tomar para fazermos valer os nossos direitos de consumidores, TODAS (e aqui não é exagero) as fabricantes, concessionárias e o que mais for, vão ser obrigadas a repensar na maneira como atendem seus clientes, principalmente no pós-venda.

Não sou partidário da ideia de “deixar pra lá” ou “tá ruim, mas tá bom”, principalmente em se tratando de carros.

Ah, os carros! Pagamos tão caro por um determinado modelo, que esperamos não dar dor de cabeça nem preocupação por ser “zero”, mas que, por vezes, acaba virando um danado de um mico nas nossas mãos (pelo qual temos que pagar impostos, manutenção, combustível, etc...).

Muitos de nós não temos o tempo nem o dinheiro para ficarmos procurando advogados para sanar dúvidas jurídicas com relação ao que se tem ou não de direito nesse nosso amado e velho Brasil. E essa é a minha preocupação com todos vocês, colegas de volante.

A revista Quatro Rodas tem a sua seção “Autodefesa”, não tem? Pois bem.

O que venho propor é uma iniciativa ousada e que não tem a pretensão de servir como consultoria jurídica, mas apenas uma troca de figurinhas entre nós, membros do Clube do Bravo e do PuntoClube, com relação ao que temos ou não de direitos quando precisamos de qualquer serviço de reparo ou conserto de nossas máquinas por problemas que a FÁBRICA não podia deixar passar em seu tão aclamado “controle de qualidade”.

Vamos nos ajudar contra as BARBARIDADES que algumas concessionárias andam fazendo contra os pobres (literalmente) consumidores.

Dessa forma, me disponho a esclarecer, na medida do possível, as suas dúvidas AQUI nos fóruns, bastando que postem um relato detalhado do que aconteceu ou vem acontecendo com o seu carro, as intervenções pelas quais ele já passou e se a concessionária não te atendeu da maneira como deveria. Não sou mecânico e não posso dar pitaco nessa área, mas um ou outro esclarecimento com relação aos nossos direitos eu consigo fazer!

Deixo, por fim, um abraço a todos que tiveram a paciência de ler até o final.

Vamos fazer valer os nossos direitos.

MN

[shadowcps]

Celow, concordo totalmente com isso e sempre disse que se deve sim correr atrás dos direitos, citando inclusive os 2 casos ocorridos comigo, um com o AC do primeiro Punto que não gelava e esperei meses até que trocassem o sensor anticongelamento e depois no Exxence com o B&M defeituoso, que foi trocado em garantia estendida ms não concordo com a citação da coluna da revistinha que não é referencial algum, ainda mais depois da matéria tendenciosa, incompleta e superficial publicada na edição desse mês, mas aí a "briga" é outra e estamos enviando emails de protestos para a tal revista. Conte com o meu apoio nessa cruzada em defesa de nossos direitos.

[ADILSONRE]

Celow, parabéns pelo excelente texto e mais ainda pela iniciativa.

Infelizmente nos acostumamos, ou nos acomodamos em não reclamar nossos direitos até que algo nos afete diretamente. Desta forma o coletivo é sempre prejudicado. E como já li muito aqui, criamos um país de tolos.
Até acho que um exemplo perfeito para isso, é o caso da matéria na 4 Rodas. Veja, somos mais de 80.000 usuários registrados no PuntoClube, e quantos resolveram ao menos perder uns 5, 10, 15 minutos para escrever e enviar um e-mail? Poucos né?
É claro que existem muitas coisas erradas no que versa a relação fornecedor X consumidor, principalmente aqui onde a impunidade impera livremente, onde as normas e leis funcionam sempre com aquele "jeitinho", sabe?
E o contraponto disto, é saber que temos um dos melhores códigos de defesa do consumidor já redigidos em todo o mundo.

No meu caso especificamente, tive problemas com o precário atendimento da CC Fiat Sinal Jaçanã, na venda, no prazo, nos acessórios, na entrega. Me dá até calafrios quando penso em troca de óleo, revisões e tal. Mas eu não deixei quieto, reclamei, e bastante. Principalmente sobre o péssimo atendimento do vendedor. Várias pessoas me ligaram depois. Gerentes e blá, blá, blá... Até o vendedor para se desculpar e dizer que estava tomando uma repreensão sem saber o porquê. Fala sério.
Mas tudo ficou igual. Semanas depois quando encostei o carro para tirar alguns riscos que vieram com a entrega (absurdo), o mesmo vendedor estava lá fazendo o seu "ótimo" serviço. Vou falar mais o quê?

Vou escrever o que um colega sempre costuma me dizer: "União não faz só açúcar!". Pois é.
Espero sinceramente que outros usuários busquem os seus direitos, e quem sabe um dia possamos fazer açúcar!

É bacana a sua iniciativa em querer ajudar, orientar outras pessoas com relação aos seus direitos. Mas percebi que você é um usuário cadastrado desde 2000 e com poucas participações no fórum, e que também não tem identificação, somente um nickname. Já que pretende orientar juridicamente os demais usuários, seria ótimo começando se apresentando com seu nome e sua formação. Não é crítica, é só um toque.

Forte abraço e boa sorte...

[VLA]

Sem duvidas Marcelo, pagamos MUITO caro pelo que levamos para casa, e ainda assim muitas vezes com falhas na qualidade.

Felizmente nunca tive problemas graves com os carros que comprei zero km, e os pequenos que tive foram reparados pela concessionária sem maiores problemas.

Tenho uma colega que enfrenta há cerca de 2 anos DEZENAS de problemas com um Chevrolet Cocôbalt. Vendo os problemas que ela tem fico até com medo de trocar de carro e pegar um desses carros "sorteados".

[celowfx]

Celow, parabéns pelo excelente texto e mais ainda pela iniciativa.

Infelizmente nos acostumamos, ou nos acomodamos em não reclamar nossos direitos até que algo nos afete diretamente. Desta forma o coletivo é sempre prejudicado. E como já li muito aqui, criamos um país de tolos.
Até acho que um exemplo perfeito para isso, é o caso da matéria na 4 Rodas. Veja, somos mais de 80.000 usuários registrados no PuntoClube, e quantos resolveram ao menos perder uns 5, 10, 15 minutos para escrever e enviar um e-mail? Poucos né?
É claro que existem muitas coisas erradas no que versa a relação fornecedor X consumidor, principalmente aqui onde a impunidade impera livremente, onde as normas e leis funcionam sempre com aquele "jeitinho", sabe?
E o contraponto disto, é saber que temos um dos melhores códigos de defesa do consumidor já redigidos em todo o mundo.

No meu caso especificamente, tive problemas com o precário atendimento da CC Fiat Sinal Jaçanã, na venda, no prazo, nos acessórios, na entrega. Me dá até calafrios quando penso em troca de óleo, revisões e tal. Mas eu não deixei quieto, reclamei, e bastante. Principalmente sobre o péssimo atendimento do vendedor. Várias pessoas me ligaram depois. Gerentes e blá, blá, blá... Até o vendedor para se desculpar e dizer que estava tomando uma repreensão sem saber o porquê. Fala sério.
Mas tudo ficou igual. Semanas depois quando encostei o carro para tirar alguns riscos que vieram com a entrega (absurdo), o mesmo vendedor estava lá fazendo o seu "ótimo" serviço. Vou falar mais o quê?

Vou escrever o que um colega sempre costuma me dizer: "União não faz só açúcar!". Pois é.
Espero sinceramente que outros usuários busquem os seus direitos, e quem sabe um dia possamos fazer açúcar!

É bacana a sua iniciativa em querer ajudar, orientar outras pessoas com relação aos seus direitos. Mas percebi que você é um usuário cadastrado desde 2000 e com poucas participações no fórum, e que também não tem identificação, somente um nickname. Já que pretende orientar juridicamente os demais usuários, seria ótimo começando se apresentando com seu nome e sua formação. Não é crítica, é só um toque.

Forte abraço e boa sorte...

Opa, belo relato!

A iniciativa surgiu de um relato que um colega do Clube do Bravo que postou no Facebook ontem.
O carro tem cinco meses e já está com problema na embreagem (EMBREAGEM!) que o deixou na mão, no meio da rua, a noite.
Ele manifestou o desânimo dele com a Fiat e com o carro, o que me fez lembrar da história do meu antigo Punto (os caras de Londrina conhecem! HAHA ). Além disso, me fez lembrar que com um pouco de paciência e sabendo por quais caminhos andar, é, sim, possível resolver um problema, seja grave, seja de menor importância.

Aí, me surgiu essa vontade de ajudar aos colegas do clube a entenderem o que têm de direitos, como consumidores que não podem admitir ser tratados como idiotas pelos fornecedores (não só de carros, mas como um todo, afinal, hoje tudo é comércio).

A meu ver, os consumidores em geral devem espernear o quanto puderem para fazer valer os direitos que são assegurados pelo CDC, que, como você bem frisou, é um dos microssistemas legais mais eficientes já redigidos no mundo todo.

Chega de ser tratado como um palhaço dos fornecedores, que, na maioria das vezes, fazem gambiarras e mais gambiarras para sanar defeitos. Não se desembolsa uma FORTUNA para ter dores de cabeça. E, já que é assim, que a dor de cabeça (e de bolso) seja deles e não de nós, mortais pobres.

Os amigos do clube que participam dos encontros já me conhecem meu nome é Marcelo, sou bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Londrina, onde me graduei em 2011. Sou ex-advogado, oportunidade em que atuei, principalmente, na área do direito do consumidor, do direito administrativo, tributário e cível. Hoje, por exercer atividade incompatível com a advocacia, não faço mais parte da OAB.

O que pretendo com essa iniciativa é justamente trazer aos amigos a oportunidade de conhecer, tecnicamente, o que pode ou não ser feito jurídica e judicialmente quando enfrentam um problema com fornecedores de bens ou serviços. Passa longe (e muito) de uma consultoria que um bom advogado qualificado pode prestar, mas posso indicar o "caminho das pedras".

Sem duvidas Marcelo, pagamos MUITO caro pelo que levamos para casa, e ainda assim muitas vezes com falhas na qualidade.

Felizmente nunca tive problemas graves com os carros que comprei zero km, e os pequenos que tive foram reparados pela concessionária sem maiores problemas.

Tenho uma colega que enfrenta há cerca de 2 anos DEZENAS de problemas com um Chevrolet Cocôbalt. Vendo os problemas que ela tem fico até com medo de trocar de carro e pegar um desses carros "sorteados".

Cocôbalt!!

Vinicius, divido da sua opinião. Assino embaixo, inclusive.
Estou com o Bravo faz uns 4 meses e não tenho decepções. Tem seus problemas pontuais, mas que não afetam em nada a confiabilidade e segurança do carro.

A famigerada buzina de trem que vem de série nos freios do Bravo quando em ré não comprometem a frenagem, então não dou piti.

E, rapaz, tá faltando você nos encontros de segunda-feira, hein! Apareça!

Celow, concordo totalmente com isso e sempre disse que se deve sim correr atrás dos direitos, citando inclusive os 2 casos ocorridos comigo, um com o AC do primeiro Punto que não gelava e esperei meses até que trocassem o sensor anticongelamento e depois no Exxence com o B&M defeituoso, que foi trocado em garantia estendida ms não concordo com a citação da coluna da revistinha que não é referencial algum, ainda mais depois da matéria tendenciosa, incompleta e superficial publicada na edição desse mês, mas aí a "briga" é outra e estamos enviando emails de protestos para a tal revista. Conte com o meu apoio nessa cruzada em defesa de nossos direitos.

Autodefesa do PuntoClube é negócio sério, sem pilantragem de 4 patas!
Se eu conseguir ajudar pelo menos um terço de todos que têm problemas que podem ser resolvidos administrativa ou judicialmente, fico MUITO FELIZ.
Chega de ser passivo e aceitar tudo o que falam, já passou da hora de ser tratado com mais dignidade. E com mobilização e muitas tabacadas nos fornecedores, uma hora a coisa muda!

[ADILSONRE]

Bacana Marcelo, valeu pelos demais esclarecimentos.
Acredito que terá muito trabalho então... rsrsrsrs
Abraços e mais uma vez parabéns pelo seu altruísmo.